08/06/2012
Franquia de seminários antitabaco promete fim do vício sem síndrome de abstinência
08/06/2012
Desde março, uma franquia brasileira dos seminários Easyway criados pelo inglês Allen Carr (1933-2006) está operando em São Paulo.
Presente em mais de 50 países, o empreendimento se baseia em palestras em grupo ou individuais e promete, em seis horas, fazer os clientes fumarem o último cigarro sem sofrer com a abstinência.
Se a pessoa não conseguir parar, tem direito a mais dois encontros em até três meses, tudo incluído no pacote (que custa cerca de R$ 500). Se mesmo assim não der certo, o dinheiro é devolvido. É o que afirma Lilian Brunstein, 45, arquiteta que ministra os seminários no Brasil.
O dono do negócio, François Engelmajer, 45, conheceu o método nos EUA e baixou em seu computador um vídeo comprado no site internacional do Easyway.
Ele fumou por mais de 30 anos e parou após assistir à apresentação pelo computador. “Fumei o último cigarro e não quis mais saber disso.” Decidiu dividir a descoberta.
Depois de mais de 30 anos lutando contra o vício, Carr, que morreu de câncer de pulmão, dizia que havia parado sem sofrimento ao desvendar os mecanismos da dependência física e psicológica.
O princípio básico do “tratamento” é: a síndrome de abstinência de nicotina não é tão ruim, mas se torna um sofrimento porque a pessoa acredita que vai ser difícil.
A ideia é desconstruir as associações que os fumantes fazem com o ato de fumar: o cigarro relaxa, ajuda na concentração, faz companhia. O discurso tenta substituir essas associações pelo simples fato de que as pessoas fumam porque são dependentes.
Nas seis horas do encontro, há pausas para fumar. Na primeira, todos “pulam” da cadeira imediatamente. Nas outras, algumas pessoas nem chegam a sair. Na última, muitos estão convencidos de que vão parar. Os participantes são convidados a jogar os cigarros fora e viver como não fumantes.