25/05/2012

Pioneiro em realizar cirurgias de obesidade em Campo Largo, o Hospital Nossa Senhora do Rocio há um mês conseguiu credenciamento junto ao Governo Estadual para a realização dessa cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Cirurgião do Aparelho Digestivo Paulo Nassif foi o primeiro a realizar a cirurgia no município, há 11 anos, e hoje fala da importância da conquista de oferecer esse serviço gratuitamente, beneficiando todo o Estado.
Foram mais de 1.500 cirurgias, que até então eram realizadas por convênio ou particular. “O secretário de Saúde do Paraná [Michele Caputo Neto] entendeu a importância do credenciamento para ajudar pessoas obesas e que sofrem com doenças devido à obesidade, que estão em filas enormes aguardando a cirurgia, e agilizou o processo”, comenta Nassif.
O Hospital está há um mês credenciado e há 15 dias deu início às cirurgias. Na primeira semana, seis já foram realizadas pelo SUS. Segundo Nassif, a procura está grande e o Hospital já destinou horários específicos no ambulatório especialmente para esses pacientes. Ele explica que há uma equipe multidisciplinar que realiza a avaliação no local. “Primeiro o paciente precisa passar por um preparo para tratar as doenças existentes causadas pela obesidade, deixando-o em condições de realizar as cirurgias”, completa. Entre as doenças mais comuns estão Diabetes, Hipertensão, alteração do Colesterol e Triglicerídeos, problemas cardiovasculares e Apneia do Sono. Em média, os tratamentos duram no máximo 60 dias e então o paciente estará preparado para a cirurgia.
Atualmente no Brasil existem, segundo a Organização Mundial da Saúde, 30 milhões de pessoas obesas e 95 milhões de pessoas com excesso de peso. O cirurgião comenta que a cirurgia bariátrica é indicada a pacientes que apresentam Índice de Massa Corporal (IMC) entre 35 e 40, considerado co-morbidade, ou que estão com o Índice acima de 40, já considerado caso mórbido.
Nassif ressaltou que é fundamental que, além de ser bem preparado para a cirurgia fazendo o tratamento das doenças, o paciente permaneça sempre em acompanhamento pós-operatório com a equipe multidisciplinar, para que não haja evolução com deficiência de vitaminas, problemas do aparelho digestivo e outras complicações. Quem tiver interesse e quiser saber mais a respeito pode ir diretamente ao Hospital.