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Saúde

O pão caiu no chão, um, dois, três, posso comer?

O pão caiu no chão, um, dois, três, posso comer?

11/05/2012

Muitos já ouviram falar da “regra dos três segundos”, que diz que, quando um alimento cai no chão, se for recolhido rapidamente, poderá ser consumido sem nenhum risco.

Quem nunca deu, no máximo, aquela sopradinha para tirar a poeira e engoliu confiando que “o que não mata, engorda”?

Diante dessa crença popular, cientistas da Universidade Metropolitana de Manchester, na Inglaterra, decidiram investigar se a teoria realmente funcionava.

De acordo com o jornal “Daily Mail”, eles escolheram então cinco alimentos comuns nas mesas da maioria dos britânicos para serem “derrubados” no chão: pão com geléia, macarrão cozido, presunto, um biscoito simples e frutas secas.

Os alimentos foram deixados no chão por três períodos de tempo diferentes - três, cinco e dez segundos - e depois foram analisados para checar a contaminação por micro-organismos.
Uma justificativa para a escolha dos cinco tipos de comida foi a diferente presença de água em cada um deles.

O estudo revelou que alimentos com alto teor de sal ou açúcar, no caso, o presunto e o pão com geleia, são mais seguros para comer depois de caírem no chão, por conta da menor chance de bactérias nocivas sobreviverem em tais ambientes.

Ou seja, alimentos processados industrialmente têm vantagem em relação aos mais naturais com relação à contaminação.

As frutas secas e a massa cozida, por outro lado, com apenas três segundos no chão, apresentaram sinais de Klebsiella, uma bactéria que pode potencialmente levar a problemas como pneumonia, infecções do trato urinário, entre outras doenças.

Já os biscoitos também foram considerados seguros, mas por conta do baixo teor de água em sua composição.

“Nosso conselho para minimizar o risco é manter o seu chão limpo e esfregá-lo regularmente”, afirmou a pesquisadora Lindsey Taylor.

“Idealmente, os pavimentos devem também ser esfregados uma vez por dia, ainda que um terço dos britânicos faça isso apenas uma vez por semana”, completou a cientista.