25/03/2012
Tuberculose mata quase 5.000 brasileiros por ano
25/03/2012 Fonte: R7 Notícias
Pode parecer doença do passado, mas não é. Só no Brasil, a tuberculose mata quase 5.000 pessoas por ano, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). A doença infectocontagiosa causada por uma bactéria afeta principalmente os pulmões, mas, também pode atingir outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Nos últimos anos, a doença vem caindo no País -– atualmente é 37,7 casos para 100 mil habitantes – , mas muitas mortes continuam a acontecer porque os pacientes não concluem todo o tratamento, que é longo e pode durar seis meses.
Segundo o médico patologista e membro da SBP (Sociedade Brasileira de Patologia), Rimarcs Gomes Ferreira, 80% dos casos de tuberculose no mundo estão localizados nos países em desenvolvimento e são atribuídos a fatores como a falta de infraestrutura das grandes cidades e de saneamento básico.
- O transmissor da tuberculose, o bacilo de koch, tem uma facilidade maior de se disseminar em ambientes escuros porque é sensível a luz. Por isso ele costuma se multiplicar nas periferias das grandes cidades, onde há grande concentração de favelas.
Segundo o médico, o contágio, que é feito pela respiração, depende das variações do transmissor e do organismo de seu portador.
- O bacilo é "preguiçoso", então, nem sempre ele manifesta a doença no corpo onde ele está alojado. Isso varia de acordo com o organismo e o instante imunológico do indivíduo.
Ainda de acordo com Ferreira, a única vacina existente contra a tuberculose para prevenir os casos mais graves da doença e só pode ser ministrada em crianças até cinco anos de idade.
Crianças com tuberculose
Dados da OMS mostraram na última quarta-feira (21) que 70 mil crianças morrem todos os anos de tuberculose em todo o mundo. Isso acontece devido à dificuldade dos profissionais de saúde reconhecer os sintomas. De acordo com o coordenador do departamento de tuberculose da OMS, Malgosia Grzemska, a tuberculose costuma ser subnotificada em crianças porque os sintomas nelas não são muito específicos.