23/03/2012
A empresária Leila Alves (SP), que não quis revelar a idade, teve complicações graves após fazer o preenchimento com PMMA (polimetilmetacrilato, substância utilizada em técnicas sem cortes de preenchimento estético popularmente conhecidas como bioplastias). Tão graves que ela precisou fazer uma cirurgia complicada no rosto e levou mais de 80 pontos.
O preenchimento foi recomendado pelo cirurgião plástico que havia operado seu nariz. Como ela sofrera com um sangramento excessivo, o médico lhe recomendou algo pouco invasivo.
O preenchimento foi feito no queixo, em 2002, e depois na região abaixo dos olhos e no chamado ‘bigode chinês’. Os problemas começaram a aparecer quando ela suspendeu os anti-inflamatórios que tomava para artrite reumatoide, no fim de 2010. “Em janeiro de 2011, comecei a sentir uma coisa estranha no meu rosto, como se fosse uma bolinha. A primeira coisa em que pensei foi câncer.”
Enquanto aguardava a data da consulta médica, começou a sentir os caroços se movimentando no rosto. “Fiquei enlouquecida. O preenchimento desceu e encapsulou, deformando o meu rosto. Outros caroços começaram a aparecer e a prótese que tinha no queixo começou a mudar de lugar. Entrei em pânico”, conta.
Mas o cirurgião que colocou o PMMA disse que não havia nada a ser feito porque a cirurgia para retirar o material deixaria cortes em seu rosto e ficaria pior. Ela então procurou um oncologista, que disse que ela precisava retirar o PMMA, mas que não seria fácil.
A cirurgia durou cinco horas e meia. O material estava nos nervos e nos músculos e por pouco não afetou a visão da empresária.
“Foi muito traumatizante. Parecia um monstro no pós-operatório e fiquei com algumas cicatrizes no rosto.” Hoje ela está processando o cirurgião plástico que fez o preenchimento.
“Acho que deveriam proibir o PMMA, mas não fico martelando sobre o que aconteceu porque isso me deixaria louca. Isso tudo mudou meu rosto e meu sorriso, mas não vou deixar de ser feliz.”