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Saúde

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15/01/2012

Proteja-se contra as doenças de verão antes de viajar

Saúde

15/01/2012  Fonte: Terra

Quem quer aproveitar as férias de verão com saúde deve se preocupar em estar com a carteira de vacinação em dia. Doenças como coqueluche, febre amarela, sarampo e hepatite A certamente são lembranças que ninguém quer trazer para casa depois de um período de descanso.

"Proteger-se antes de viajar significa não deixar que uma doença estrague as férias ou obrigue a pessoa a fazer um tratamento ao chegar em casa", explica a médica Isabella Ballalai, diretora da SBIm - Associação Brasileira de Imunizações.

No portal www.viagemcomsaude.com.br, o turista encontra informações para evitar riscos à saúde em 223 destinos nos cinco continentes. Ilustrada com 900 fotos e mapas, a página traz vacinas recomendadas para viajantes e formas de enfrentar problemas como jet lag, enjôos marítimos, falta de ar em grandes altitudes e se proteger contra o sol intenso, baixas temperaturas e picadas de insetos. O portal foi criado pela Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas do grupo Sanofi, que disponibiliza no Brasil um portfólio de vacinas contra mais de 20 doenças.

Coqueluche - a coqueluche "tem uma incidência discretamente maior no verão". Causada pela bactéria Bordetella pertussis, a coqueluche provoca tosse intensa, com acessos seguidos de vômitos. Nos adultos, os sintomas são mais brandos e, na maioria das vezes, a doença não é detectada. Já nas crianças, as consequências da doença podem ser graves. Os bebês, que não completaram o esquema de vacinação ou não foram vacinados, têm mais chances de desenvolver complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória, responsáveis por internações e que podem provocar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigenação no cérebro.

Hepatite A - Quem pretende passar as férias na praia, deve ficar atento à hepatite A, cuja transmissão ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de alguém doente. Nos lugares sem saneamento básico, muitas pessoas se infectam na infância, quando a doença se manifesta de forma leve e, às vezes, até assintomática. Já quem mora em locais com bom saneamento básico muitas vezes só vai ter contato com o vírus da Hepatite A, a partir da adolescência, quando a doença se apresenta de forma mais grave.

Febre Amarela - A febre amarela é causada por um vírus transmitido por mosquitos. Uma pessoa não pode contagiar outra. De cada cem pessoas infectadas, apenas 15 apresentam os sintomas clássicos da doença, das quais metade morre. Nos primeiros dias, os sintomas se confundem com os da gripe: febre alta, mal-estar e dor de cabeça. Após três dias, há uma pequena melhora. No quarto dia, o doente apresenta pele e olhos amarelados, sangramento, fezes cor de "borra de café" e diminuição da urina.

Poliomielite e Sarampo - quem vai viajar para o Exterior precisa ter atenção especial ao país que vai visitar. Após 17 anos longe da poliomielite, a China confirmou em setembro 10 casos da doença - seis em crianças e quatro em adultos jovens -, mostrando que a pólio não acomete apenas as crianças. As cepas eram análogas às circulantes no Paquistão que - ao lado da Índia, Nigéria e Afeganistão - é considerado país endêmico para pólio. Em 2010 houve 561 casos de poliomielite, dos quais 489 em países não endêmicos, com destaque para a Rússia e outros três países da antiga União Soviética.

"A vacina quádrupla contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite para uso em adolescentes e adultos confere proteção rápida. É especialmente indicada para adolescentes e adultos que se dirigem aos países da África, Ásia e, agora, também China, onde a pólio não foi eliminada ou foi reintroduzida", afirma Lucia Bricks.

Considerado sob controle no Brasil, o sarampo continua provocando surtos em vários países, inclusive desenvolvidos. Em 2011, a Europa registrou 26 mil casos em 36 países. Desde total, 83% ocorreram na Europa Ocidental, onde foram reportadas nove mortes e mais de sete mil internações, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, o Equador enfrenta um surto de sarampo com mais de cem casos.

Por Jessica Moraes