13-11-2009
Campo Largo tem áreas ocupadas irregularmente e famílias precisam ser realocadas.
13-11-2009
Foi muito elogiada a iniciativa do município de dar início à 4ª Conferência das Cidades com o Plano Local de Habitação de Interesse Social. Segundo o secretário da coordenação da Conferência e Conselheiro da Central de Movimentos Populares, Luís Herlain, é preciso entender que todos precisam de um teto para morar e que precisam pensar sobre o processo de desenvolvimento das cidades, com responsabilidade ambiental.
No encontro, que aconteceu nesta quinta-feira, 12, no Centro Administrativo da Prefeitura, o secretário municipal de Assuntos Estratégicos, Carlos Andrade, enfatizou que o problema da cidade é um problema de cada, não só do poder público, por isso a importância da criação de um conselho para pensar nestas ações. “Porque o que se pode dar de mais digno é o local para o cidadão morar”, detalhou, acrescentando que isto estimula o crescimento do município.
O número de habitantes em Campo Largo, segundo Luís, é o ideal para uma cidade se manter, e ainda destacou que o município possui empreendimento que orgulha os brasileiros. Em março vão realizar um encontro com toda a Região Metropolitana de Curitiba para estimular o diálogo entre representantes destas cidades, mas o mais importante é que tenha gestão do Conselho, para ajudar a desenvolver outros municípios no Paraná. “Quero ver um país mais humano, mais solidário e justo”, destacou Luís.
A comissão preparatória para o Conselho é formada por Adinan Cardoso, Dinarte Cordeiro, Jefferson Pallu, Samuel dos Santos, Regina Ize, Lindamir Ivanoski, João Silvano Machado, Edu Rossoni, Lúcio Ramos e Daily Reinke.
Regina Ize apresentou a atual situação do município e destacou que há 57 áreas ocupadas irregularmente, em um total de 1.900 famílias que devem ser realocadas por questões de risco ou por questões jurídicas. Há ainda 45 áreas particulares ocupadas irregularmente, totalizando 2.580 famílias.
Ela ainda comentou que Campo Largo não possui legislação própria de política habitacional e que a quantidade de áreas de preservação ambiental reduzem o território possível de se habitar. O objetivo do Plano de Habitação é fazer uma programação para que nos próximas 20 anos consiga pleitear fundos e trazer financiamentos para produção habitacional. Vão decretar áreas de interesse social, com lotes não superiores a 250m2, para famílias com renda inferior a cinco salários mínimos. Com isso querem garantir a moradia de forma digna e democratizar para que a população tenha acesso a terra urbanizada e serviços públicos.
Estavam presentes na Conferência o vice-prefeito Dante Vanin; os secretários municipais Norton Potter, Dulcimar Reinaldin e Christiane Chemin, o advogado Geral Ivo Carvalho; os vereadores Nelson Silva, Darci Andreassa, Joslei Andrade, Lindamir Ivanoski e Sandra Marcon; representantes de associações de moradores e de sindicatos e munícipes em geral.