01-07-2011
DEM também terá candidato próprio para prefeito em 2012
01-07-2011
Marcelo Fabiani Puppi (51), poderá ser o candidato do DEM - Partido Democratas, para prefeito de Campo Largo em 2012. Ele recebeu a Reportagem da Folha em sua residência, na manhã da última Terça-feira (28), para uma entrevista exclusiva, na qual disse que o seu nome está à disposição do partido, e que todas as possibilidades de composição, com partidos que comunguem com os mesmos objetivos do DEM, estão abertas.
Filho do ex-prefeitro Newton Puppi, Marcelo vive política desde à infância e adolescência. Após cursar Direito pela UFPR, Marcelo se especializou em Ciências Políticas, na Academia Internacional de Liberdade e Desenvolvimento de Adolescentes, em Lisboa e na Academia Internacional de Dirigentes, na Alemanha. Ainda jovem abriu o Jornal de Campo Largo e, mais tarde o Nosso Jornal, em Campo Largo.
Vida política
Marcelo trabalhou, politicamente, nas campanhas do pai. Em 1983 passou a trabalhar na Assembleia Legislativa do Paraná, inicialmente como assessor de deputado, até chegar a chefe de gabinete da Primeira Secretaria e, em seguida, foi para o Palácio Iguaçu, onde foi sub-chefe da Casa Civil e Assuntos Especiais do Governo do Estado.
Em 1991 Marcelo passou a trabalhar em uma fundação política da Alemanha, chamada Friedrich Naumann, como moderador em seminários de formação política para jovens, em todo o Brasil e, mais recentemente, em um projeto do governo de Santa Catarina, chamado "Governando o Governo". Ambas as funções lhe tomam bastante tempo, e grandes períodos em viagens.
"Apesar de viajar muito, a trabalho, nunca deixei Campo Largo, nunca morei mais de 500 metros longe da casa onde nasci. Fui vereador de Campo Largo entre 2004 e 2008, fui presidente da Câmara Municipal e sou atualmente presidente do DEM em Campo Largo. Vou deixar a presidência do DEM, agora em Julho, para me dedicar mais a preparar o partido para a campanha de 2012", disse ele.
O DEM é um dos maiores partidos políticos de Campo Largo, com mais de 700 filiados. Muitos defendem, ainda hoje, o Coração, símbolo eternizado por Newton Puppi.
Pré-candidatura
Com grande experiência política, Marcelo explica que não acredita em candidatura de si mesmo. "O DEM identificou um vácuo político preocupante, em Campo Largo, e me pediu para ser o candidato do partido para prefeito, em 2012, para ocupar esse espaço, e eu coloquei o meu nome à disposição", disse ele.
Marcelo explica que, tradicionalmente, existiam dois grupos políticos em Campo Largo, um de Situação e outro de Oposição. "Recentemente eu propus um candidato único de oposição, um grupo com estrutura política e mensagem únicos. Se chegarmos a um candidato único, o DEM estará junto, mas se a oposição não se unir, o DEM apresentará chapa própria completa", explicou.
Modelo de Gestão
"O DEM tem uma sugestão, um modelo de gestão que nós estamos apresentando, um desafio de mudança na gestão política do Município. Nosso objetivo é governar com valores, respeitar os princípios éticos e democráticos, valorizar as pessoas, o funcionalismo público e colocar em primeiro lugar o cidadão", disse.
Para Marcelo, "não podemos tratar o campo-larguense sem nome, o eleitor que não tenha rosto nem endereço. A administração pública não pode abandonar os sonhos do eleitor, não pode se afastar dos ideais, transformando o Governo em fisiologismo. Não dá para você se eleger, hoje, por um partido, e abandoná-lo em seguida, para bajular o governo de plantão. Campo Largo é muito forte e, sozinho, exporta mais do que cinco estados juntos", explicou Marcelo.
Ele lembra, ainda, que "Campo Largo tem cabeças extraordinárias, que dão certo em qualquer lugar, seja na religião, seja na indústria, no comércio ou na política. Na política não é necessário que você seja amigo de alguém para trazer alguma coisa para o Município, precisamos mudar essa lógica".
Propostas
Marcelo destaca a situação econômica do Município, hoje. "Em 2000 o Orçamento de Campo Largo era de R$ 20 milhões. Hoje o orçamento chega a R$ 140 milhões, mas a estrutura administrativa do Município é a mesma, só o número de funcionários aumentou, mas não existe uma proposta nova, um investimento novo, a cidade continua sem mobilidade, travou. A Prefeitura não tem, ainda, um Engenheiro de Tráfego, um sinaleiro, hoje, não é apenas um sinaleiro, é um problema."
Sobre as necessidades urgentes da cidade, ele destaca a mobilidade urbana, como calçadas e acessos para cadeirantes, implantação de avenidas perimetrais, com destaque para a Itaqui- Rondinha e uma administração de choque para a Cocel. Para ele, "a Cocel é a grande consumidora do dinheiro dos campo-larguenses, principalmente agora que perdeu o inventário para as usinas do Açungui, que a tornaria de distribuidora, geradora de energia".
Para Marcelo, outra grande pergunta que deveremos fazer é: Para onde vai a cidade? Argumenta que "as obras não devem se restringir aos anos eleitorais, precisam acontecer todos os dias. O Município não precisa de uma obra, mas de um modelo de gestão, para que a cidade se desenvolva como um todo. Não se pode admitir uma gestão sem a integração do Interior e sem a integração da Ferraria. Esse, sim, é um grande projeto de
desenvolvimento para o Município".
Marcelo explica que a administração pública não é um grupo de amigos no poder. "Administrar é impor ideias, porque quem não tem ideias próprias acaba seguindo a ideia dos outros e, invariavelmente, torna-se um déspota, governando com privilégios para privilegiados", disse ele.