11-05-2011
O procurador regional da República no Rio Grande do Sul Manoel Pastana encaminhou representação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, propondo a responsabilização criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por entender que ele praticou atos materiais que fomentaram o mensalão. O pedido foi enviado no dia 17 de abril.
"O procurador-geral tem obrigação legal de se manifestar ou para aditar as informações à denúncia para incluir o ex-presidente no processo (que tramita no Supremo Tribunal Federal) ou para dizer que a representação não tem fundamento", afirma Pastana.
O procurador admite que não acrescenta informações novas ao caso, mas estabelece ligações entre a ação de improbidade administrativa movida pela Procuradoria da República no Distrito Federal contra o ex-presidente em janeiro deste ano e a ação penal contra os réus do escândalo, aberta pelo STF, que não cita o nome de Lula.
Procurada pelo R7, a assessoria de imprensa do ex-presidente disse que Lula não vai se pronunciar sobre o assunto. Sua inclusão tardia entre os réus do caso teria um poder devastador sobre a ação.Com um fato novo, toda a instrução do processo teria de ser zerada e reiniciada. Uma nova denúncia teria de ser julgada, novamente os réus seriam interrogados, e o risco de prescrição aumentaria. Estão incluídos no processo que tramita no STF 38 réus, e a expectativa é que os julgamentos comecem a ocorrer no ano que vem.
Em 2005, auge do escândalo, Lula fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão para se desculpar pelo escândalo. Na mensagem, ele se disse "traído" pelos colegas de PT envolvidos. No entanto, o ex-presidente sempre negou qualquer vínculo com o esquema.
Fonte: R7 Notícias