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Opinião

País dividido: mais um desafio aos novos representantes

Eleições passaram e a Copa do Mundo vem aí, seguido das festas de confraternização e fim de ano. Seriam estes motivos suficientes para unir o país novamente?

País dividido: mais um desafio aos novos representantes

Eleições passaram e a Copa do Mundo vem aí, seguido das festas de confraternização e fim de ano. Seriam estes motivos suficientes para unir o país novamente? Com o resultado das Eleições ficou bastante claro a divisão, quase em proporções iguais do país. Metade para a direita e metade para a esquerda. Alguns apostam em um governo tranquilo, capaz de reconciliar a população, enquanto outros acreditam que o caos será instaurado no Brasil, tornando-o próximo do que vemos em países vizinhos, como Venezuela e Argentina. O medo é um sentimento legítimo dos dois lados, visto que ninguém poderá prever o futuro e o que irá acontecer em quatro anos.

Embora sejam quatro anos, na nossa perspectiva de vida acelerada, com tanta agenda cheia e coisas para fazer, muitas vezes acordando já cansado, parece que passarão com rapidez. Quem mais tem memórias vivídas sobre a disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, em 2018? Por mais detalhadas que sejam essas memórias, já se passaram quatro anos e muito foi feito pelo presidente atual, ainda que muitos não reconheçam.

O que podemos perceber é que cada ano que passa a população se torna mais consciente dos processos políticos que ela tem direito e deve participar. Aprende-se a acessar sites de transparência, cobrar, há uma mobilização maior para ir às ruas e mesmo uma facilidade na comunicação para mobilização em busca de um ideal. Isso não é ser contrário ao governo A ou B, mas ser cidadão e compreender seu papel diante de decisões tão importantes e que refletem no nosso dia-a-dia.

Teremos um presidente de esquerda em 2023, que tem uma personalidade bastante articulada. Mas temos também um Congresso Nacional e uma Câmara dos Deputados predominantemente de direita, havendo um equilíbrio. Além disso, ambos os lados declaram que irão acompanhar de perto as decisões do governo, para que não haja mais espaço para corrupções, como as vistas em gestões antigas. Um dos fatores que nos preocupa é a regulação das mídias, que incluem a imprensa e as redes sociais, pois ainda que seja diferente de uma censura, é uma linha tênue.

O amadurecimento para as questões políticas se faz necessário e o questionamento, desde que ele seja plausível, deve ser colocado, mas sempre com respeito ao próximo. Já caminhamos muito rumo a uma democracia plena, mas ainda temos que aprender e popularizar os ensejos disponíveis à população. Vamos juntos.