Sabado às 07 de Setembro de 2024 às 11:34:45
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Aulas do Instituto Federal do Paraná – Campus Campo Largo estão suspensas desde quarta-feira (01)

Conforme anúncio oficial do Conselho Superior, o calendário acadêmico do Instituto Federal do Paraná está suspenso desde quarta-feira (01).

Aulas do Instituto Federal do Paraná – Campus  Campo Largo estão suspensas desde quarta-feira (01)

Conforme anúncio oficial do Conselho Superior, o calendário acadêmico do Instituto Federal do Paraná está suspenso desde quarta-feira (01). A decisão foi tomada durante a última semana, em reuniões promovidas por conta da greve de técnicos administrativos e professores das instituições. Os estudantes terão direito a reposição dos dias letivos após o término da greve, quando deve ser divulgado um novo calendário. A greve se deu por luta pela reestruturação da carreira e melhorias salariais, conforme divulgado pelas notas oficiais.

A Folha de Campo Largo conversou com a chefe de gabinete do campus Campo Largo, Cristiane Milliorin, que explicou que na cidade houve um estabelecimento de comando de greve local, que aderiu ao movimento no dia 25 de março. “A adesão à greve até esta terça-feira (30) era individual, ou seja, os professores e técnicos administrativos podiam continuar trabalhando e ministrando aulas aos estudantes. Aqueles que preferiram aderir à greve foram respeitados. Nós tivemos 52 dias letivos até então, as aulas continuaram neste período em algumas disciplinas. Foi a partir desta quarta-feira que iniciou a suspensão”, ressalta.

São aproximadamente 800 estudantes atendidos pelo campus IFPR Campo Largo, divididos em Ensino Médio, Superior e Pós-Graduação. Estão no quadro de colaboradores masi de 60 professores, entre cargos efetivos e do Processo Seletivo Simplificado (PSS), e 32 técnicos administrativos. Não há previsão para que a greve seja encerrada e os sindicatos que representam a classe estão em negociações com o Governo Federal.

Pautas
A Folha conversou com representante do Comando de Greve Local, que explicou que o “movimento grevista, que atinge institutos federais e universidades ao redor do Brasil, reivindica a recomposição das perdas inflacionárias do último período. Para os técnico-administrativos em educação (TAE) a reivindicação é de três parcelas de 10,34% e para os docentes de três parcelas de 7,06%. Estas parcelas seriam aplicadas em 2024, 2025 e 2026. Importante ressaltar que, esses índices significariam recomposição de perdas salariais passadas e não propriamente aumento. As duas categorias também solicitam reestruturação de pontos de suas carreiras. No caso dos TAE, o movimento cobra que o governo ofereça, em sua proposta, as medidas de reestruturação aprovadas no relatório da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, que conta com a participação do próprio governo”.

Segundo o Comando, as mesas de negociação das duas categorias estão abertas e acontecem, entretanto a periodicidade das conversas depende da vontade do governo. “A última ocorreu no dia 19/04 e foi oferecido às duas categorias um índice que desagradou os servidores - 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. O movimento não concorda com estes índices, especialmente por dois motivos: não há previsão de aumento em 2024; e o total em três anos, que é de 12,5%, encontra-se muito abaixo de todas as outras categorias, com as quais o governo já assinou acordo, onde o menor reajuste é de 23% no mesmo período”, acrescentam.

Sobre a adesão inicial do campus, o comando explica que é difícil de precisar. “Temos 64 docentes e 32 TAE em Campo Largo. Houve, desde o início, adesão da maioria dos docentes e de cerca da metade dos TAE. No atual momento, com a suspensão do calendário, naturalmente há uma adesão muito maior”, completam.
 
Comunicado
Nesta terça-feira (30), o gabinete enviou aos estudantes e toda a comunidade escolar do IFPR Campus Campo Largo um comunicado oficial explicando toda a situação, na qual ressalta que “com a suspensão do Calendário Acadêmico, as rotinas pedagógicas dos campi deixarão de ser executadas, não havendo mais aulas ou quaisquer outras atividades relacionadas ao ensino em todas as unidades do Instituto Federal do Paraná”. As atividades administrativas realizadas pelos servidores que não aderiram à paralisação serão realizadas dentro do horário de funcionamento do campus.

O campus terá o horário de funcionamento a partir de quinta-feira, 02 de maio, das 07h às 18h e o acesso de estudantes será apenas para participação em atividades organizadas pelo movimento de greve, as quais serão comunicadas pelo Comando Local de Greve.  Exceto para os estudantes que já desenvolvem atividades no LAPEA, de acordo com o Ofício 06/2024 (Sindiedutec) onde se prevê como atividade essencial: “Manejo agropecuário e tratos culturais de plantas. Acatado, já estava previsto no primeiro comunicado deste Comitê.”

“Todas as atividades de ensino, incluindo aulas, projetos de ensino, visitas técnicas e outras atividades relacionadas, estão suspensas até nova determinação institucional”, apenas as aulas na Lapa “estão mantidas a continuidade, tendo em vista estarem de acordo com o Ofício 06/2024 (Sindiedutec) onde se prevê como atividade essencial: ‘Manutenção de atividades pedagógicas e administrativas de cursos e ofertas decorrentes de convênios e acordos de parceria com entidades externas, de forma que não gerem ônus e prejuízos as parcerias já firmadas. Acatado, já estava previsto no primeiro comunicado deste Comitê’.

Esclarece também que durante o período de 25/03 a 30/04 os dias letivos serão contabilizados. “Com o calendário suspenso, no retorno às atividades restarão dias letivos a serem cumpridos, sem prejuízo ao número mínimo de dias e independentemente do tempo de paralisação. As reposições, então, ocorrem com o número de dias restantes no calendário. Os calendários de reposição são acordados entre a gestão, o sindicato e o comando do movimento grevista.”
A nota completa está disponível no site do IFPR Campus Campo Largo - https://ifpr.edu.br/campo-largo/.