A linhaça é considerada um alimento funcional e reconhecida como uma das maiores fontes de ácidos graxos
A linhaça é considerada um alimento funcional e reconhecida como uma das maiores fontes de ácidos graxos essenciais ômega-3 e ômega-6, possuindo ainda vários nutrientes como as fibras e os compostos fenólicos, conhecidos por exercerem atividade antioxidante. A linhaça (Linum usitatissimum L.) é a semente do linho, planta pertencente à família das Lináceas, que tem sido cultivada há cerca de 4000 anos nos países mediterrâneos. É uma semente com várias aplicações, podendo ser usada como matéria-prima para produção de óleo e farelo. As sementes também são utilizadas no preparo de pães, bolos e biscoitos ou ainda misturada com alimentos.
Principais componentes da linhaça:
- É uma excelente fonte de fibras. Possui tanto fibras solúveis quanto insolúveis. - Rica em ácidos graxos essenciais, com elevado teor de lipídios (32 a 38%), sendo que destes 50 a 55% são do ácido graxo insaturado gama-linolênico (18:3n-3), pertencente à família ômega 3. Contém ainda ácido linoléico (da família ômega 6) e ácidos graxos monoinsaturados e saturados.
- Contém lignanas com importante ação fitoestrogênica (semelhante ao estrógeno) e antioxidante. Vale lembrar que esse composto é removido durante o processamento para a fabricação do óleo.
A linhaça é um alimento que apresenta então diversos nutrientes e compostos bioativos, fibras solúveis e vitamina E, correlacionados com a melhoria da qualidade de vida.
Os atuais conhecimentos sobre as propriedades antiinflamatórias, anti-trombogênicas e imunomoduladoras dos ácidos graxos ômega-3 datam preponderantemente da década de 1970, quando a dieta dos Esquimós da Groenlândia e de outras regiões no extremo norte do planeta começou a ser cientificamente estudada. Atualmente, a globalização e o efeito-estufa alcançou as zonas polares e até estes povos, hoje intitulados de Inuit, já padecem de síndrome metabólica e de coronariopatias. Entretanto seus índices ainda são baixos, e os ácidos graxos poliinsaturados de origem marinha continuam desempenhando um papel claramente protetor.
O ômega-3 vegetal, principalmente proveniente da linhaça dourada, que é sua fonte mais abundante, é acessível e econômico. Não possui gosto e odor tão penetrantes como o óleo de peixe, que muitos indivíduos rejeitam, impondo-se complexos procedimentos industriais para a desodorização e mascaramento do sabor.
As características da semente de linhaça dourada como alimento a posicionam melhor neste respeito que os agentes farmacológicos, sob todos os prismas incluindo custo, disponibilidade e tolerância. A dica então é de acrescentar na alimentação diária a linhaça, usufruindo de seus efeitos benéficos, permitindo um melhor funcionamento do organismo e uma vida mais saudável.