Terça-feira às 20 de Maio de 2025 às 09:30:20
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Waldemar Niclevicz leva a bandeira de Campo Largo ao Everest e reforça luta ambiental

Waldemar Niclevicz leva a bandeira de Campo Largo ao Everest e reforça luta ambiental

Após 30 anos de ter se tornado o primeiro brasileiro a alcançar o topo do Monte Everest, o alpinista paranaense Waldemar Niclevicz voltou a fazer história ao participar de uma nova expedição ao pico mais alto do mundo, no Nepal. Na última segunda-feira (19), ele chegou a 8 mil metros de altitude, mas precisou recuar por conta dos ventos fortes e de uma infecção de garganta, que o obrigou a retornar ao Brasil.

Em suas redes sociais, Waldemar afirmou que mais importante do que chegar ao cume foi o propósito da jornada, que é levar a bandeira da Restauração Ecológica, estampada com a silhueta de uma araucária, símbolo da biodiversidade ameaçada no Paraná. Ele também carregou uma bandeira de Campo Largo para celebrar a conquista, destacar seu compromisso com a preservação ambiental.

O alpinista relembrou ainda que a bandeira representa a Reserva Natural que mantém em sua propriedade, em Campo Largo, um espaço dedicado à recuperação da Floresta com Araucária, à reintrodução de abelhas nativas e à proteção de nascentes. “Escalar o Everest é difícil. Mais difícil ainda é plantar uma floresta viva, onde onças, veados e abelhas encontrem refúgio entre as árvores e nascentes. Esse é o verdadeiro Everest que estou escalando agora”, escreveu.

 

Reserva ambiental em Campo Largo é destaque na conservação

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) criada por Waldemar Niclevicz, localizada em Campo Largo, foi licenciada pelo Instituto Água e Terra (IAT) em março deste ano. A área protegida, com 34 hectares inseridos em uma propriedade de 116 hectares, tem como pilares a restauração da floresta com Araucária, a proteção de polinizadores nativos e a conservação de nascentes dos rios Açungui e Palmital.

Segundo o Governo do Paraná, o espaço abriga cerca de 30 nascentes e está voltado também à educação ambiental, atendendo escolas públicas e particulares. A RPPN busca unir conservação, pesquisa e conscientização, funcionando como um exemplo de uso sustentável do território.

Para a criação de uma RPPN, é exigida a regularização da propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a elaboração de um plano de manejo. O IAT realiza vistorias e avaliações anuais nas reservas, como parte dos critérios do ICMS Ecológico por Biodiversidade.

 

Foto: Divulgação