Inicia nesta quinta-feira (27) a fiscalização com equipamentos medidores de velocidade nas rodovias pertencentes ao Lote 1, sob administração da concessionária Via Araucária. Em Campo Largo são quatro radares em funcionamento, alocados na BR-277, nos kms 109 e 117 sentido Ponta Grossa e 111 e 121 sentido Curitiba. Há ainda radares na BR-277 em Balsa Nova, nos kms 132 e 133 – região de São Luiz do Purunã, no sentido Curitiba - e também em Curitiba, no km 03.
No total são 24 radares que estarão em funcionamento, além das três cidades já mencionadas, também estão instalados em trechos dos municípios de Teixeira Soares, Irati, Imbituva, Prudentópolis, Araucária e Lapa.
Importante salientar que o limite de velocidade varia de acordo com as características de cada trecho. Em Campo Largo, por exemplo, nos trechos dos km 109, 111 e 117 os radares permitem a velocidade até 80 km/h; já no trecho do km 121 a velocidade permitida é até 60 km/h. Os radares em Curitiba e Balsa Nova são até 80 km/h.
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a multa por excesso de velocidade ao passar por radares varia de acordo com a gravidade da infração e o quanto a velocidade excedida. É considerada uma infração média quando a velocidade é até 20% superior à máxima permitida, resultando em multa e mais quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). É considerada infração grave quando a velocidade está entre 20% e 50% superior à máxima permitida, com multa e cinco pontos na CNH. A infração também pode ser considerada de natureza gravíssima quando há velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%, resultando em multa multiplicada por três e suspensão do direito de dirigir.
Implementação e manutenção
Segundo a Via Araucária, a instalação dos radares seguiu tendo como base estudos técnicos, que consideram fatores como número de faixas, traçado da via e índice de sinistros. Foi a Polícia Rodoviária Federal (PRF) quem determinou os pontos estratégicos para a instalação dos dispositivos. A validação das infrações, emissão de notificações e autuações também são atribuições exclusivas desse órgão. O valor arrecadado com multas é destinado ao poder público.
Conforme previsto no contrato de concessão, a implantação dos equipamentos foi feita pela Via Araucária, que também é responsável pela manutenção dos dispositivos. Já a sinalização horizontal e vertical foi implantada pela concessionária de acordo com normas técnicas e manuais de engenharia viária, com aprovação prévia da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A agência também fiscaliza o cumprimento do contrato de concessão, incluindo a correta instalação dos radares.
Reação dos motoristas
A reação dos leitores da Folha de Campo Largo na primeira publicação referente ao início da operação dos radares na região, foi, em sua maioria, contrária à implementação dos equipamentos. “Os lugares são péssimos e vão provocar ainda mais acidentes. Qual a lógica de colocar um equipamento em um final de descida, sem histórico de acidente? Ou no início de uma subida?”, comentou uma leitora. “Bom é ver que estão fazendo de tudo para termos um trânsito ainda mais lento e engarrafado”, ironizou outro leitor.
“O problema não está na velocidade, e sim em uma rodovia antiga, com fluxo moderno e mais cheio. Radar não resolve, 3ª faixa seria a solução mais certa. Só que isso custa e não dá lucro”, apontou outro leitor.