Com pesar, os campo-larguenses receberam nesta quarta-feira (03) a notícia do falecimento de Abigail Fonseca Hoffman, aos 101 anos. O batom vermelho e o seu bom humor eram suas marcas registradas.

Lúcio Azevedo, neto de dona Abigail, conta que ela sempre foi muito querida por todos. “Ela era uma pessoa ótima, apaziguadora, uma avó maravilhosa. Demonstrava muita serenidade, mesmo quando mais velha, atravessava por situações complexas, mas nunca reclamava de nada. Era muito cuidadosa e todos gostavam muito dela. Uma mulher forte e que temos muito orgulho.”

Trabalhou por muitos anos na Escola Municipal Reino da Loucinha, onde foi merendeira, quando a escola ainda estava localizada onde hoje é a Praça Getúlio Vargas. Também atuou como copeira na Prefeitura de Campo Largo. Sempre muito trabalhadora, quando mais jovem dirigia até mesmo caminhões na empresa do marido, Rainolth Hoffmann, com quem foi casada por mais de 60 anos.

Além da paixão pela culinária, gostava de costurar, fazia roupas de lã, crochê e gostava muito de caminhar. “Ela sempre vinha resolver coisas no banco, vir ao mercado e vinha a pé. Nós a encontrávamos e oferecíamos carona, mas ela nunca aceitava. Diminuiu a frequência das caminhadas há algum tempo apenas, quando precisava de ajuda e de andador”, relembra Lúcio.

Questionado sobre o segredo da avó para tamanha longevidade, Lúcio comenta que era o bom humor. “Ela levava sempre as coisas na esportiva, era muito bem-humorada e não se abalava. Não tenho lembranças dela brigando com ninguém e nunca reclamaram dela. Acredito que tudo isso tenha contribuído para esses mais de 100 anos de vida”, completa.

“Não sabemos onde ela está agora, mas podemos afirmar que ela fez uma passagem brilhante pela Terra, deixando vários ensinamentos para todos nós. Agradecemos a todos pelas mensagens de pesar e carinho”, finaliza. Ela foi sepultada no Cemitério Municipal de Campo Largo, na tarde desta quinta-feira (04).