Quinta-feira às 21 de Novembro de 2024 às 06:01:57
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Associação Campo-larguense DM1 busca conscientizar sobre a Diabetes Mellitus Tipo 01

A associação nasceu a fim de nos fortalecer, ajudar famílias, conseguir tirar do papel muitos projetos, informar, educar e transformar

Associação Campo-larguense DM1 busca conscientizar sobre a Diabetes Mellitus Tipo 01

Uma conversa em grupo de WhatsApp, com a intenção de se tornar uma rede de apoio e suporte aos conhecidos com diagnóstico recente de Diabetes Mellitus Tipo 01, se tornou um projeto que leva experiência e conscientização a todos os campo-larguenses. Assim começou a Associação Campo-larguense DM1 (ACL-DM1), em junho deste ano.

“A associação nasceu a fim de nos fortalecer, ajudar famílias, conseguir tirar do papel muitos projetos, informar, educar e transformar. Temos um projeto educacional que já está em andamento, pretendemos com ele levar a educação sobre diabetes até as escolas, pois sabemos o quanto a informação pode salvar. Antes mesmo da associação ser oficial, já fizemos uma campanha de arrecadação de insumos e insulinas que foram enviadas ao Rio Grande do Sul, e foi um momento de muita união”, destaca a secretária do ACL-DM1, Raquel Gabardo, mãe de Pedro, que foi diagnosticado com 08 anos.

Ela ressalta que o principal objetivo é falar sobre uma doença que muitas pessoas acham que conhecem, mas que acabam criando vários mitos sobre ela, inclusive certa confusão entre o diabetes tipo 1 com outros tipos da doença. “Conhecer os sintomas não irá impedir a doença de se manifestar, porém pode evitar uma possível cetoacidose diabética no diagnóstico - que é uma complicação muito séria, sendo necessária a internação em UTI e podendo até levar a óbito em casos mais severos”, ressalta.

Questionada sobre os principais sintomas, elenca a sede, fome, perda de peso, urina em excesso, entre outros como dor de cabeça, náusea e confusão mental. “O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica predominantemente autoimune de forte determinante genético e sem cura. Como toda doença autoimune, no DM1 é o próprio sistema imunológico do paciente que ataca seu corpo, nesse caso o alvo são as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A insulina é o hormônio que carrega a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células. Sem a produção desse hormônio a glicose não entra nas células e fica no sangue, causando vários problemas”, explica.

Assim, o tratamento do Diabetes tipo 1 se dá com o uso de insulina, com injeções aplicadas sob a pele várias vezes ao dia, bem como o monitoramento dos níveis de glicose no sangue, com as famosas “picadinhas” no dedo. “A ocorrência de diabetes tipo 1 pode se dar em qualquer faixa etária, mas com maior recorrência durante a infância e na adolescência. Vale ressaltar que uma criança ou adolescente totalmente ativo, saudável, dentro do peso e com boa alimentação pode desenvolver a doença, porque esses não são fatores determinantes, e sim predominantemente fatores genéticos”, diz Raquel.

Acrescenta também que ainda não possuem dados sobre quantos campo-larguenses têm o diagnóstico de DM1, mas que no Censo 2022, o IBGE divulgou que a estimativa sobre o número de pessoas com diabetes no Brasil passaria a ser de aproximadamente 20 milhões, já que o último Vigitel, levantamento em amostra representativa da população brasileira feito pelo Ministério da Saúde, apontou que, no conjunto de 27 capitais pesquisadas, a frequência do diagnóstico autorreferido de diabetes foi de 10,2%, sendo predominante a Diabetes Tipo 02 - quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz – seguido da Diabetes Tipo 01, o que representa de 5 a 10% dos diagnósticos totais.

Diretoria
Entre os membros que compõem a atual diretoria da associação, estão três mães e um pai de crianças, adolescentes ou jovens com Diabetes tipo 1, e mais dois jovens DM1. A presidente é Anny Marques, mãe do Valentim, diagnosticado com DM1 com 1 ano e 10 meses. Tem como vice-presidente Mariana Trindade, diagnosticada com 09 anos; diretora de finanças é Miriam, que tem familiares com DM1; presidente do Conselho Fiscal Cássio Santana, pai da Manuela Santana, diagnosticada com 08 anos, e do Mateus Santana, diagnosticado com 12 anos, que também é o secretário do Conselho Fiscal; a vice-presidente do Conselho Fiscal Rozenilda de Freitas, mãe da Laura, diagnosticada com 11 anos; e Raquel Gabardo como secretária.

Quem desejar se tornar um membro da Associação ou pretende obter mais informações, basta entrar em contato por meio das redes sociais Facebook: ACL DM1 Instagram: @acldm1 ou do e-mail: dm1acl@gmail.com.