Durante o mês de março, os artistas do projeto Medicando Alegria levaram duas novas apresentações aos corredores e leitos do Hospital Infantil Waldemar Monastier (HIWM), em Campo Largo.
Com base nos clássicos da literatura infantil “O coelhinho que não era da Páscoa”, de Ruth Rocha e “O Caso dos Ovos”, de Tatiana Belink, o grupo divertiu e emocionou crianças, pais, responsáveis e colaboradores do hospital. As últimas apresentações que terão a Páscoa como temática serão na semana de 26 a 28 de março.
Nas terças e quartas, o Medicando Alegria contou - por meio de técnicas de teatro, circo e música - a história do Vivinho, um coelhinho que quer ter outra profissão e não a de coelhinho da Páscoa (“O coelhinho que não era da Páscoa”, de Ruth Rocha).
Já às quintas-feiras, quando as apresentações são um pouco mais longas, o grupo se inspirou na história do livro “O Caso dos Ovos”, de Tatiana Belink. O espetáculo fala sobre a revolta das galinhas que exigem do coelhinho o crédito pelos ovos entregues na Páscoa.
O produtor artístico do Medicando Alegria, Marcos Specht, explica que o objetivo “é entreter levando cultura, boas mensagens e boas referências às crianças que aguardam atendimento ou internamento no hospital”. A segunda história, por exemplo, faz menção à cultura da pintura em ovos durante a Páscoa e a importância da resolução de conflitos por meio do diálogo.
Artes Cênicas
O objetivo central do Medicando Alegria é o de melhorar e alegrar o tempo de permanência das crianças no hospital. Rosileia Ferreira da Costa, que acompanha a filha Natali Lavoratto, de 12 anos, conta que o grupo contribui no controle da ansiedade da filha que tem autismo, paralisa cerebral e microcefalia. “Toda vez que eles chegam a gente vê a transformação nas crianças. Muitas têm pavor de hospital, devido às experiências pesadas dos tratamentos. Mas a minha filha, por exemplo, fica nessa felicidade que ela tá quando vê os palhaços. Eles são uma benção, anjos para alegrar a vida deles”, disse.
O projeto Medicando Alegria é realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, conta com patrocínio da Cimentos Itambé e On Petro e é uma realização da Toto Artes, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução. O grupo utiliza nas apresentações técnicas do teatro, do circo e da música. As brincadeiras contam com muita interação do público, são lúdicas e envolvem pessoas de todas as idades.
O criador do projeto, o artista Toto Lopes, é voluntário há 15 anos no HIWM. Ele explica que outra intenção do Medicando Alegria é contribuir para a humanização do atendimento hospitalar. “Percebemos o quanto é possível colaborar com o tratamento das crianças, medicando com alegria, com amor, com felicidade, medicando também com arte e com cultura. É a arte como ferramenta de humanização”, conta.
Fotos: Marcos Spetch