A prática do vôlei de praia requer habilidades e dedicação. Atletas campo-larguenses levam o nome do município na modalidade
Uma modalidade esportiva com seu primeiro “saque” nas areais da Califórnia (EUA) tornou-se um atrativo para aqueles que não abrem mão do esporte ao ar livre. O vôlei de praia passou a ser considerado um esporte após o ano de 1980, se espalhando, a partir de então, por diferentes continentes.
Os pioneiros neste esporte treinavam nas areias das praias e aos poucos a ideia foi ganhando adeptos ao redor do mundo e com o passar do tempo muita gente tem treinado pra valer. Esse é o caso da dupla dos atletas campo-larguenses, Elessandro Portela (Pitcho) e Vinícius Brainta (Vina), vice-campeões no Campeonato Brasileiro Máster 40+ no ano passado em Saquarema, Rio de Janeiro, e na mesma categoria campeões em 2021 na Copa Sudeste de Voleibol em Guarapari, Espírito Santo.
A dupla é apaixonada pelo esporte e conta que iniciaram desde muito cedo o gosto pelo vôlei. Pitcho começou a jogar e a se destacar no vôlei com seus 10 anos de idade na instituição que estudava, até que acabou indo também participar pelo time de Campo Largo, treinando na Vila Olímpica. “A gente tinha um time que até hoje é organizado pelo seu Antônio Carestia, uma figura ícone no vôlei da cidade”. Já Vina conta que em 1988 participou de uma seletiva para ingressar profissionalmente no Clube Curitibano. “Treinei ali por três anos e, por sinal, quem treinava comigo era o Emanuel (jogador de vôlei de praia brasileiro) e foi a partir dali que a minha pequena história no vôlei de praia começou.”
Para os atletas, o comprometimento consigo mesmo, a disciplina e a dedicação precisam ser levadas a sério. Eles treinam de duas a cinco vezes por semana. Elessandro lembra que em apenas um dia de campeonato já chegaram a jogar 10 partidas, então “é preciso estar preparado, pois jogar vôlei da areia é um esporte que requer mais habilidade, destreza e recursos técnicos”, comenta.
Na maioria das vezes o incentivo ao esporte começa dentro das escolas. “Quanto antes você começar é melhor para ter a habilidade do toque, da manchete, do levantamento que são diferentes no vôlei de praia, sem contar que a quadra é diferente, é menor (8mX8m), com dois jogadores cada lado, então o quanto antes despertar o interesse, o quanto antes os pais e professores observarem é melhor para que a criança tenha um contato maior com o esporte”, lembra Pitcho.
Já os benefícios à saúde são muitos, porém antes de iniciar qualquer prática esportiva o professor e treinador Atalicio da Cunha Filho explica: “como todo esporte, é importante buscar a orientação de um professor da área, para antes de iniciar a atividade esportiva, fazer uma boa preparação como aquecimento e alongamentos. A prática do vôlei de praia possibilita a pessoa melhorar a sua coordenação motora, mobilidade, como também na socialização, conhecendo novas pessoas, por se tratar de um esporte coletivo”.
Em Campo Largo, o vôlei de praia pode ser praticado na Vila Olímpica e no Parque Newton Puppi, que conta com duas quadras para a modalidade. Para aqueles que querem iniciar neste esporte, algumas práticas simples que o professor reforça: “basta levar uma bola e uma rede para iniciar a prática, e o melhor, pés descalços, bermuda e camiseta”.
Neste ano, um campeonato de vôlei já tem data marcada em Brasília, mas como tudo gera custos a serem contabilizados, os atletas ainda estão se organizando para avaliar a possibilidade da participação; o mesmo acontece para a participação em Saquarema. Vinícius fala que ainda para este ano tem outros projetos e já está confirmada a sua participação no mundial de handball, na Croácia, na categoria 50+ representado o Brasil em maio. “É um grande prazer ser amigo e parceiro desses dois grandes atletas”, finaliza Atalício.