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Forte chuva em Campo Largo deixa alagamentos em diversos bairros e residências inundadas

Forte chuva em Campo Largo deixa alagamentos em diversos bairros e residências inundadas

Após um dia quente, que chegou a marcar 30?C em Campo Largo, já no final da tarde e início da noite desta terça-feira (19), uma forte chuva encerrou o Verão em Campo Largo. Segundo informações divulgadas, em pouco tempo choveu o equivalente a 46 milímetros de água na cidade, o que provocou muitos alagamentos, subida do nível do Rio Cambuí e, infelizmente, registros de várias residências inundadas.

Segundo boletim de atendimentos da Defesa Civil de Campo Largo, a equipe foi acionada para atender três quedas de árvores, oito vistorias em residências e seis ruas ficaram alagadas pela chuva.

As quedas de árvores aconteceram na Rua Manoel Vieira Lopes, no Jardim Tropical, essa em via pública, outra situação em área de acesso às residências no bairro Razera e em uma residência, na Rua Araucária, na Vila Dom Pedro.

Foram realizadas oito vistorias em residências, localizadas nos bairros Botiatuva, Vila Bancária, na região do Trevo da Morte/Campina, no Jardim Três Rios, além de duas casas no Rivabem e mais duas na Vila Pompeia. Moradores do bairro Jardim Social, Itaqui, Centro também relataram à Folha, via mensagem nas redes sociais, alagamentos na região.

Ao longo da noite, a Folha recebeu várias mensagens de leitores assustados com a quantidade de chuva em seus bairros, além de relatos de água entrando nas casas. “Na Rua José Reni Andrade dos Santos, no Cercadinho, alagou, pois, as manilhas da rua estão entupidas. Já falamos com o vereador e com o prefeito, mas até agora nada de resolver. Enquanto isso toda vez que chove enche as casas”, declarou.

 Ainda neste bairro, a proprietária da casa relatou que é a segunda vez que a casa dela alaga, mas sem providências até o momento para que isso não volte a acontecer. Um motociclista relatou que precisou esperar 30 minutos, até a água baixar e poder seguir com segurança o percurso na região.

Nesta mesma situação, uma moradora e comerciante do bairro Ouro Verde também falou que sofre com problemas de alagamentos há cinco anos, devido aos bueiros que ficam entupidos. “Já fiz tudo o que eu podia, fui até a Ouvidoria, mas eles vêm, limpam os bueiros e logo entope novamente, por causa de uma terraplanagem. É uma situação bastante delicada e que nunca encontramos solução”, enfatiza ela sobre a Rua João Florindo Zanetti.

Na Rua Xavier da Silva, uma das principais da região central, uma leitora relatou que o quarto de uma idosa estava completamente alagado, o que era consideravelmente recorrente há alguns anos na região e que estava cansada da situação.

No Francisco Gorski um morador relatou que sua casa foi construída de uma maneira que a água verte pelas paredes, e que está na Justiça contra a construtora. “Há mais de seis meses estou pedindo para eles resolverem este problema. Dentro de casa já troquei os móveis da cozinha duas vezes, porque encharcou tudo e não tinha como usar mais”, conta. 

Entre as vias públicas que ficaram alagadas em decorrência das fortes chuvas estão a Rua Xavier da Silva, Rua Cabral, Rua Antônio Boaron, Rua João Stukas, Rua Alcebiades Afonso Guimarães e Rua Subestação de Enologia.

Sobre essas situações, a Prefeitura de Campo Largo se manifestou por meio de nota: “No fim da tarde de 19 de março Campo Largo, bem como diversas regiões do estado, foi surpreendida com uma chuva muito intensa. Em apenas 30 minutos, a quantidade de chuva foi equivalente à previsão de um mês inteiro, totalizando 46 mm, segundo o Cemaden. Isso resultou, em pouco tempo, em diversas ocorrências de muitos lugares aonde o escoamento não venceu, causando alagamentos, como o local citado pela leitora.

Felizmente a chuva baixou depois e aos poucos o dreno foi retomado. A Prefeitura reforça que, nas situações algum dano nas vias e manilhamento, é preciso solicitar auxílio das equipes por meio da ouvidoria (telefone 156) ou por abertura de processo digital no autoatendimento do portal da prefeitura (www.campolargo.pr.gov.br), direcionando ao Meio Ambiente e à Defesa Civil. Tendo em mãos o número do processo ou o número da ouvidoria o cidadão terá um retorno objetivo do status do seu pedido e essa é a ferramenta que permite às equipes conversarem entre si e se organizarem na atuação, servindo a população na sua necessidade e com a agilidade que cada caso pede. Outra possibilidade ainda é o número 199 da Defesa Civil. Somente seguindo o processo formal da prefeitura as equipes responsáveis poderão oferecer o suporte e segurança a toda comunidade”.

 

Chuva dentro do ônibus

Uma leitora relatou à Folha que durante a chuva forte estava dentro do ônibus ligeirinho Campo Largo/Terminal Campina do Siqueira e começou a “chover dentro do veículo”. “Viemos de Curitiba bem no horário da chuva, nem sentar nos bancos a gente podia. Eles estavam ensopados por conta das goteiras, estava entrando água por todos os lados. E para piorar, o ônibus simplesmente apagou e parou de pegar antes do tubo do Ferrari. Dá vontade de chorar e eu ainda estava com o meu filho no colo, dormindo.”

A Folha procurou a empresa responsável pela frota e aguarda a resposta oficial.

 

Atendimentos Cocel

A Cocel informou na manhã desta quarta-feira que “foram 74 ocorrências emergenciais atendidas e 25 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento de energia interrompido - a maior parte, por apenas alguns momentos”.