No próximo dia 02 de abril, a Escola Municipal Reino da Loucinha completará seus 54 anos, carregados de muitas histórias e realizações, formando gerações de campo-larguenses em uma das fases mais importantes da vida: a infância.

Conforme o histórico da instituição, o projeto do Reino da Loucinha foi inaugurado em 02 de abril de 1970, como uma homenagem antecipada pelos 100 anos da cidade de Campo Largo, ainda na gestão de Emígdio Pianaro. Já teve três nomes oficiais, sendo o primeiro Jardim de Infância Reino da Loucinha, seguido de Pré-Escola Reino da Loucinha e o atual Escola Municipal Reino da Loucinha. Por 29 anos, a instituição atuou somente com Educação Infantil, sendo implementado o Ensino Fundamental – Anos Iniciais de maneira gradativa.

Já em 2002, durante a gestão do Dr. Affonso Portugal Guimarães, a escola mudou de endereço e foi implantada onde antigamente era a Prefeitura Municipal, na Avenida Centenário, no Centro da cidade. A mudança permitiu que o número de alunos matriculados subisse de 90 alunos para 900, incluindo estudantes vindos da Escola Municipal José Antônio Puppi, que ficava junto com o Colégio Estadual Macedo Soares.

Para receber os alunos, foi realizada uma obra de reforma, tornando o ambiente próprio para uma escola, que inaugurou oficialmente em 08 de março de 2002 no novo espaço. Posteriormente, foram realizadas reformas na secretaria, construção de cancha, parque e outras. O local onde hoje abriga a biblioteca da escola já foi o gabinete do prefeito.
Atualmente, a Escola Municipal Reino da Loucinha comporta 800 estudantes, aproximadamente, com ensino desde à Educação Infantil IV e V, ao Ensino Fundamental I - Anos Iniciais, 1º ao 5º anos.

Um novo Reino

Por meio das secretarias municipais de Desenvolvimento Urbano e Educação, a instituição recebeu uma grande reforma em 2023, quando foi possível realizar toda a troca do telhado. A mudança foi necessária pelas frequentes infiltrações que acometiam a estrutura da instituição em dias de chuvas intensas. A antiga estrutura de madeira foi substituída por uma metálica, visando fortalecer a infraestrutura como um todo.
O projeto teve início em dezembro de 2022 e foi concluído em 2023, correspondendo a, aproximadamente, neste período, três/quartos de todo o telhado. O restante da troca foi realizado por outra empresa, que simultaneamente executa a reforma geral da instituição.

Junto à troca do telhado, uma segunda etapa reformou 19 salas de aula, adaptou em acessibilidade nos sanitários, o que foi finalizado em janeiro deste ano, com recursos da Secretaria Municipal de Educação. Esta etapa contemplou troca de piso, pintura geral, instalação de gradil, adaptações atualizadas para prevenção a incêndio e a acessibilidade. Foram instalados novos hidrantes, extintores, piso tátil, rampa de acesso, iluminação de emergência e alarme de incêndio.
O ano letivo de 2023 dos estudantes matriculados não foi prejudicado, já que as aulas aconteceram no Centro Catequético da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e no Centro Catequético do Santuário do Senhor Bom Jesus.

Curiosidades do Reino da Loucinha

O nome Reino da Loucinha é uma homenagem à cidade de Campo Largo. “Reino” por conta dos alunos, que pertenciam ao Jardim de Infância, fazendo alusão ao mundo das abelhas, presentes no jardim; e “Loucinha” por conta de Campo Largo ser popularmente conhecida como Capital da Louça. “A mascote da escola é a abelha, agente polinizador do conhecimento e da sabedoria, por essa razão é denominada ‘escola das abelhinhas’”, diz o texto da professora Ana Carolina Galhart, escrito para o Projeto Cidade da Gente. Outro símbolo da escola é a máquina Maria Fumaça, uma niveladora usada antigamente e que enfeitava o pátio da escola.

A primeira escola estava localizada onde hoje é a Praça Getúlio Vargas, tinha um formato de colmeia, com salas de aulas distribuídas no território da praça. Já estudaram na instituição o governador Carlos Massa Ratinho Junior – que com frequência realiza posts em suas redes sociais sobre o tempo que frequentava a escola –, o prefeito Maurício Rivabem e suas filhas – ele inclusive foi tesoureiro da APMF do Reino por algum tempo –, entre outras centenas de alunos que ajudam a construir a história da cidade e fora dela também.

Já no primeiro ano de trabalho da instituição, foi criado o Rei e Rainha do Reino da Loucinha. O título faz menção à abelha rainha da colmeia e também condecora o “rei das abelhas”, que permanecem por um ano no reinado. A primeira a conquistar o título de rainha foi Maristela Vanin e o primeiro rei foi Gil Souto, em 1971.

Não poderiam deixar de ser homenageados aqueles que já se foram, mas que seguem eternizados na memória e no coração de alunos, ex-alunos, pais e colaboradores. Entre eles, a “Tia” Maria Torres, a “Tia” Brasília Vidal, o “Tio” Claudir e o “Tio” Mário Charneki.