Campo Largo tem crescido a cada dia e um planejamento urbano bem elaborado é mais que necessário para suprir necessidades
Campo Largo tem crescido a cada dia e um planejamento urbano bem elaborado é mais que necessário para suprir necessidades de pedestres, veículos, empresários e também moradores. Atualmente, Campo Largo tem uma região central que visa a expansão e, futuramente, terá “vários centros” em uma só cidade.
“Quando pegamos um recorte de 2017 para 2024, destacamos um grande planejamento urbano, alterando algumas faixas de trânsito, instalamos semáforos, refizemos o calçamento, justamente priorizando a mobilidade de pedestres na cidade, para que visualizem mais as vitrines dos estabelecimentos comerciais, parem para comer alguma coisa. A circulação das pessoas é bastante benéfica em vários aspectos e estamos vislumbrando tudo para um futuro próximo. A nossa cidade cresce mês a mês e, além dos mais de 130 mil habitantes, temos uma população flutuante de 20 a 30 mil pessoas que vêm para a cidade, mas moram em outra. Se o município não estruturar pelo menos o anel central, onde tem o maior fluxo de pessoas, não há como visualizar o futuro e o impacto é maior”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Urbano, Juarez Carvalho em entrevista à Folha.
Ele segue explicando que ao melhorar o Centro, é possível expandir essas melhorias para os bairros, citando o exemplo do Binário Ema Taner, Desembargador Clotário Portugal e Engenheiro Tourinho, que dará uma nova característica de acesso para a cidade. “A intenção nossa é justamente essa melhoria de mobilidade e trânsito, fazendo com que os veículos circulem de maneira mais fluída nestas regiões também. Há alguns dias, estávamos em uma reunião discutindo a Padre Natal Pigatto, que tem tido um trânsito intenso, também decorrente do desvio dos motoristas que antes pegavam a Ema Taner. A partir do momento que você libera a Ema Taner das obras, naturalmente o fluxo vai sendo dividido e há um equilíbrio”, acrescenta.
Obras futuras
Juarez conta que já está em licitação uma obra de revitalização na região do Itaqui – da rotatória próximo à Schmidt até a rotatória da Procópio – que inclui asfaltamento, calçamento e paisagismo. Outra obra citada por ele, que já está em processo de licitação, é a rotatória do Rivabem, que ligará bairro ao Centro, além de adequar mais o trânsito. “Essas são áreas lindeiras ao Centro, conforme nós chamamos. Apesar delas serem um pouco mais distantes do Centro, acabam afetando de alguma maneira este anel central, porque também promovem o desenvolvimento dos bairros”, completa.
Está nos planos ainda uma revitalização da Avenida Marcelo Puppi, que liga o Itaqui, passa pela região central e se estende até a Rondinha, mas que está na fase de estudos, pois demandaria um alto investimento para que pudesse ser executado.
Plano de Mobilidade e diretrizes metropolitanas
“Em breve divulgaremos as audiências públicas do Plano de Mobilidade, quando apresentaremos para onde a cidade irá crescer, como o trânsito ficará e qual a projeção futura, levando as pessoas a conhecerem melhor a sua própria cidade e os caminhos alternativos existentes nela. Um exemplo, uma pessoa que vem do Águas Claras e precisa ir até a Vila Bancária não precisa, necessariamente, passar pelo Centro, o que acaba gerando maior fluxo. Quando criamos caminhos alternativos para esses deslocamentos, temos uma grande melhoria em termos de trânsito, tornando mais seguro para todos”, explica.
Reforça também que estão reformulando algumas diretrizes metropolitanas viárias e locais, que são projeções de avenidas para que no futuro elas sejam executadas, visando deslocamento de trânsito. Importante ressaltar que a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná – AMEP também participa destes grandes planejamentos de mobilidade e em breve irão apresentar um estudo realizado dentro da região metropolitana, que auxiliará as cidades no planejamento.
“Hoje, quando analisamos as cidades, grande parte delas já estão praticamente anexas a Curitiba. Campo Largo tem um grande corredor, da BR-277, que torna este caminho mais longo, porém, em um futuro muito próximo, isso pode não existir mais, pois é uma área com alto potencial de desenvolvimento. Temos que planejar agora, preparar a população, para que no futuro tudo seja feito de maneira que não cause sofrimento”, diz.
Plano Diretor
Cita que o Plano Diretor é quem indica a maneira como a cidade irá crescer e que o projeto, aprovado em 2018, veio de encontro com um grande desenvolvimento da cidade em vários aspectos, tanto urbano como rural também. “Um exemplo foi a possibilidade de construção de prédios. Podemos ter prédios superiores em tamanho do que já vemos hoje, caso a responsável pela edificação queira, por meio da outorga onerosa, por exemplo. Essa verticalização é importante inclusive para o preenchimento de vazios urbanos, que ao serem construídos, chamam desenvolvimento para essas regiões”, explica.
Conta também que diariamente grandes empresas visitam a cidade com a intenção de trazer investimentos e que Campo Largo tem sido um nome cada vez mais lembrado pelas possibilidades existentes para desenvolvimento e trabalho.