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Moradores do Cercadinho e do Itaqui aguardam providências para evitar alagamentos novamente

Olhar para o céu e ver nuvens se formando tornou-se um receio para muitos moradores campo-larguenses

Moradores do Cercadinho e do Itaqui aguardam providências para evitar alagamentos novamente

Olhar para o céu e ver nuvens se formando tornou-se um receio para muitos moradores campo-larguenses, especialmente após a grande temporada de chuva pela qual a cidade passou durante o ano de 2023. Entretanto, muitos ainda aguardam uma resposta e providências para que não sejam atingidos por alagamentos novamente e sofram perdas de móveis, eletrodomésticos e tenham dificuldade de sair de casa.

A Folha conversou com moradores da Vila Mariano Torres – no bairro Cercadinho – e também do Jardim Itaqui, que compartilharam sentimentos semelhantes e a espera pelo projeto que irá prevenir que episódios como estes aconteçam novamente.
“Aqui na Vila Mariano Torres, que pertence ao Cercadinho, em outubro de 2023 passamos por quatro enchentes, devido às fortes chuvas. Nós não temos asfalto, manilhamento, é uma região abandonada e ainda assim paga IPTU. Tivemos uma reunião com o prefeito no final do ano e com os secretários. Nos comunicaram que esse ano iriam mexer por aqui e que dependiam de que abrissem um protocolo no Instituto Água e Terra (IAT), para que pudessem também mexer no rio, pois é uma área que pertence à área de preservação do Rio Verde. Eu busquei abrir um protocolo no IAT, relatando esses problemas e a resposta deles foi que as melhorias dependem do município.”

A moradora segue explicando que grande parte dos terrenos estão em situação regular, com matrícula de imóveis. Foi justificado inclusive a necessidade da realização de um estudo, já feito em 2013, mas até agora nenhuma resposta satisfatória foi dada. “Esse ano estamos cobrando resposta do Urbanismo e do Meio Ambiente, pois onde estamos, está perigoso. Há alguns dias aconteceu a queda de um caminhão em uma valeta. Quando cobramos uma resposta é um órgão jogando a responsabilidade sobre o outro, inclusive nos passam uma impressão de falta de comunicação”, completou a moradora.

Ela chegou a comentar que uma reunião seria marcada nas últimas semanas com um secretário responsável, mas desde então, não obteve mais resposta. A situação é antiga e já tinha acontecido de alagar alguns pontos há aproximadamente sete anos, mas que voltou a ser mais frequente entre outubro e novembro. “Na minha casa a geladeira estragou e meu marido perdeu algumas peças que ele vende também. Tivemos casos de vizinhos que perderam muitos móveis e guarda-roupas”, relembra.

Caso no Jardim Itaqui
Outro leitor da Folha entrou em contato para falar sobre uma situação que acontece na Rua Lúcio Antônio Umbelino, no bairro Jardim Itaqui. “Fomos orientados que se chovesse e desse alagamento, era para chamar a Defesa Civil e ano passado tivemos muitas chuvas. Porém, agora as chuvas diminuíram, seria o momento de tomar providências, pois aqui não tem drenagem nenhuma, mas até agora nada foi feito”, enfatiza o morador.

Ele conta que há dois anos realizou o sonho da casa própria, porém está tudo saindo como um “pesadelo”. “Como irei investir em uma casa onde a rua alaga, como terei paz? A Prefeitura e a Caixa Econômica não poderiam liberar uma casa de rua sem drenagem. Como o próprio prefeito falou ‘há 25 anos acontece isso no bairro e nenhuma providência foi tomada ainda”, diz.
Revela ainda que existe um projeto já feito de pavimentação para a rua, na casa de R$ 1,2 milhão, porém, aguarda a assinatura do prefeito para ser executado. A Folha solicitou a resposta da Prefeitura, a qual não chegou até o fechamento desta edição.