Quinta-feira às 21 de Novembro de 2024 às 12:08:20
Opinião

Um rombo de R$ 230 bi é capaz de nos despertar?

Um rombo de R$ 230 bi é capaz de nos despertar?

Além de vergonhoso, o anúncio do rombo de R$ 230 bilhões nas contas públicas do governo federal em 2023 é uma forma de alerta e despertar para a sociedade, que precisa ser mais incisiva na hora de cobrar seus candidatos eleitos. O déficit é o segundo maior da história, e comprova os impactos negativos significativos na economia e na sociedade brasileira que estamos sentindo. Esse rombo fica atrás apenas do ano de 2020, quando vivíamos uma fase de pandemia da Covid-19.

Quando olhamos do ponto de vista econômico, este rombo nas contas públicas faz com que aumentem os custos do governo, podendo por sua vez resultar em um aumento da inflação e dos juros. Se não bastasse, este déficit pode dificultar o investimento em áreas estratégicas, como educação, saúde e infraestrutura.

Se o referencial é o aspecto social - uma preocupação bem constante do eleitorado do atual presidente, visto que possui um posicionamento mais de esquerda - este rombo nas contas públicas pode levar o governo a ter menos recursos disponíveis para investir nos programas sociais que viriam beneficiar a população mais vulnerável, elevando, por sua vez, a desigualdade e a pobreza, efeito contrário do que foi tanto trabalhado na época da campanha, por exemplo, quando o discurso era sobre "comer picanha" e "andar de avião".

Assim, tendo somente este básico em mente, porque toda essa situação é muito mais profunda e exige atualização, interesse e estudo para a sua compreensão completa, é importante que a sociedade esteja ciente deste  impacto, que será sentido ao longo do ano, e tome medidas para pressionar seus representantes a tomar medidas para corrigir essa situação, de certa maneira exigindo compromisso com a responsabilidade fiscal, visando reduzir o rombo nas contas públicas e a buscar equilíbrio fiscal no longo prazo.

Outra forma de cobrança que deve ser buscada pela sociedade é a transparência e o acesso a informações completas sobre as receitas e despesas do governo, gerando um maior conhecimento a respeito da gestão dos recursos públicos. E, um pedido quase incansável, não só nosso, mas de toda uma classe jornalística, educadora e preocupada com o futuro deste país, é a participação do processo eleitoral de maneira consciente e limpa. Agora, além de todos os atributos já considerados anteriormente - vida pública, possibilidade de realização das promessas de campanha, partido, entre outros -, acrescentamos também o comprometimento com responsabilidade fiscal e transparência desde a campanha.

É preciso entender que o rombo nas contas públicas é um problema sério, que pode degradar o país de maneira rápida, fazendo com que as camadas mais carentes da sociedade sofram mais. Por isso, buscar meios de corrigir as contas do governo deve se tornar a maior missão do governo hoje, e nós, os maiores interessados nisso.

Aqui estão algumas ações que a sociedade pode tomar para pressionar seus representantes:

    Protestar contra o rombo nas contas públicas.
    Escrever para seus representantes e exigir que eles tomem medidas para corrigir a situação.
    Apoiar organizações que trabalham pela responsabilidade fiscal e pela transparência.

A união da sociedade é fundamental para enfrentar esse problema e garantir um futuro melhor para o Brasil.