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Opinião

Dívida: a escravidão do homem livre

Não há nada que tire mais o sono de uma pessoa do que as dívidas a pagar.

Dívida: a escravidão do homem livre

Não há nada que tire mais o sono de uma pessoa do que as dívidas a pagar. Em conversa um consultor financeiro, situações preocupantes nos mostram um rumo perigoso dos custos altos de produtos do diaa aa dia. Endividamento no cartão de crédito por conta de compras no supermercado, combustível ou meios de locomoção, gás e outros itens essenciais. Dívidas básicas, como contas de luz, água, condomínio ficando pelo caminho.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78,3% das famílias brasileiras estavam endividadas em abril de 2023; o fato mais preocupante é que esse é o maior percentual registrado desde 2010.

O impacto negativo na vida da população chega e vai além da própria inadimplência, mas também na dificuldade de acesso a bens e serviços, restrições de crédito, perda de bens e, em situações mais graves, até a prisão, como em casos de descumprimento de pensão alimentícia por parte de pais, avós ou responsáveis.

Além disso, o endividamento também pode causar estresse, ansiedade e problemas de sono, deixando a pessoa debilitada para desempenhar a sua função na empresa e podendo causar queda no rendimento. A concentração fica comprometida porque as pessoas veem as contas chegando e o medo de não conseguirem arcar com os compromissos financeiros toma conta. Uma reação em cadeia pode-se então ter início, com o baixo rendimento no trabalho, vem a ameaça ao emprego e até mesmo uma possível demissão. Parece cruel, mas infelizmente é algo que acontece, inclusive por justa causa.

Por isso, muitas das pessoas que possuem dívidas maiores ou que estão inundadas pelos juros mensais que beira o "impagável", sentem-se desprovidas de sua própria liberdade, em poder aproveitar de maneira mais diversificada o seu tempo livre e a sua família.

Qual a saída mais adequada para quem se encontra em uma situação tão delicada quanto essa? A informação e o estudo. A educação financeira é um dos principais caminhos para combater o endividamento. A partir do momento em que as pessoas aprendem a gerenciar suas finanças e a fazer escolhas conscientes sobre o consumo, o nível do endividamento baixa, o consumo responsável ganha espaço e inicia a jornada rumo a um futuro estável e com a realização de sonhos e projetos.

Com um interesse maior sobre a área de economia, que literalmente faz o mundo girar há milênios, é possível ter um controle maior dos gastos, o entendimento sobre juros e priorização de dívidas a pagar e até mesmo a negociação com os credores se torna mais fácil. É possível se livrar das dívidas e recuperar a liberdade financeira. Com planejamento, conhecimento e esforço, torna-se mais fácil alcançar esse objetivo em 2024.