No dia 19 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Teatro. A data é destinada a homenagear uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade, em especial os artistas brasileiros.
“Teatro não é só um hobbie. É um espaço para o autoconhecimento, para se ouvir e falar, poder ver e ser visto, e compartilhar experiências.”, declara o professor responsável pela Oficina de Teatro de Campo Largo, Victor Lucas Lima de Oliveira.
Victor, que está à frente da oficina há dois anos, conta que o projeto possibilitou a criação de uma rede de artistas no município. “Grupos campo-larguenses começaram a ganhar destaque e a ocupar mais espaços culturais. Dessa forma vai se criando uma identidade teatral na cidade.”
Atualmente, a oficina conta com 40 alunos, em três turmas: Infantil, de 5 a 12 anos, nas terças-feiras; Adolescente, de 13 à 17 anos, nas tardes de quinta-feira; Adulto, mais de 18 anos, nas quintas-feiras à noite.
“Os alunos se ajudam nas apresentações. Enquanto uma turma se apresenta, os alunos de outra ajudam na sonoplastia, ficam na recepção. Eles produzem peças do cenário, fazem os próprios figurinos. Criaram uma rede de apoio, é muito legal ver o entusiasmo deles”, aponta o professor.
Melissa Almeida Lima, aluna na turma de adolescentes, ressalta o impacto positivo que o Teatro teve em sua vida: “Estar no palco me desliga dos meus problemas, eu deixo de lado as minhas inseguranças e os julgamentos. O foco é total nas produções e no objetivo que eu tenho”.
A aluna, que estuda Teatro desde muito nova, explica que a função social é muito importante. “Através do Teatro podemos abrir a mente das pessoas, mexer com os sentimentos delas, com os ideais delas. Tem o poder de fazer as pessoas sentirem o que às vezes elas não se permitem sentir”.
Aos 16 anos, Melissa já tem certeza da carreira que quer seguir: atriz. “Quando eu termino uma apresentação e percebo que atingi o objetivo, é um sentimento muito gratificante. Ver que todos os ensaios e esforços valeram a pena, isso é meu combustível para continuar nessa carreira que é tão arriscada, mas que é algo que eu desejo tanto”. Finaliza.
Família Eco
Seis atores que participam da Oficina são os responsáveis por dar vida a Família Eco, personagens criados pela Prefeitura de Campo Largo para incentivar a sustentabilidade e a educação ambiental.
O professor Victor conta que esse projeto permitiu que alguns desses alunos continuassem a fazer parte da Oficina. “Alguns não tinham como vir até a Casa da Cultura, e o convite para interpretar os personagens veio na hora certa. Com a remuneração eles puderam permanecer na Oficina”.