Após o lamentável episódio onde um homem em situação de rua foi morto a marteladas por outro no Centro de Campo Largo, na noite da última quarta-feira (13), alguns leitores da Folha de Campo Largo questionaram sobre o atendimento à essas pessoas e comentaram que tem aparecido cada vez mais pessoas dormindo sob as marquises e pedindo dinheiro pelas ruas.

A Folha conversou com a secretaria de Desenvolvimento Social, que explicou que Campo Largo conta hoje com um controle de pessoas que passam pelo Centro Pop ou são abordados via Abordagem Social, o que totaliza em torno de 120 atendidos por mês. Em geral, eles têm um perfil mais comum, sendo grande parte do sexo masculino, de 30 a 45 anos, de diversas localidades da região Sul e da Região Metropolitana de Curitiba. As causas mais comuns para essas pessoas estarem nesta situação incluem o abuso de álcool e drogas, além do desemprego.

Segundo a secretaria, essas pessoas chegam a Campo Largo principalmente devido a cidade ser cortada pela rodovia, o que facilita a chegada, sendo constatado que a maioria das pessoas são transitórias, ficando em média por 45 dias, buscando se estabelecer na região central e no entorno da rodovia.

Assistência municipal

A secretaria esclarece que o município possui o Centro Pop, localizado no bairro Ouro Verde, que oferece serviços de assistência social, psicológica, oficinas, encaminhamentos para outros serviços, inclusive para mercado de trabalho e CAPS AD, pousada noturna e alimentação.

Em situações onde as pessoas em situação de rua abordam os cidadãos, o mais indicado é “encaminhá-los ao Centro Pop para alimentação, banho, documentos, inclusive recambio familiar, se assim o desejarem e a família estiver disposta a recebê-los de volta”.

Lembram ainda que a Abordagem Social não possui poder de polícia, mas que é acionada a Guarda Municipal quando alguma situação escapa do controle. Esclarecem ainda que as brigas entre pessoas em situação de rua são como brigas que ocorrem entre a população em geral, sendo muito difícil evitá-las. No Centro Pop, por exemplo, é trabalhada a resolução do conflito por meio do diálogo.

“A conscientização da população sobre os graves problemas sociais desta camada populacional é extremamente necessária e a Prefeitura está preparando campanhas orientativas sobre os serviços existentes no Centro Pop, para que a população possa encaminhar os que pedirem ajuda ao equipamento”, finaliza a nota.