Colégio já está em funcionamento desde o início do ano, com 568 alunos na modalidade cívico-militar e, a partir do ano que vem, também vai atender o ensino profissionalizante. Ele faz parte das 14 escolas estaduais com paralisadas por denúncia de desvio de dinheiro e que foram concluídas no governo Ratinho Junior.
Quatro anos após retomar as obras de 14 escolas estaduais com obras paralisadas pela Operação Quadro Negro, que investigou denúncias de corrupção na construção das unidades no Paraná, o Governo do Estado entregou nesta quarta-feira (2) a última delas: o Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A escola foi inaugurada pelo governador em exercício Darci Piana e recebeu investimento de R$ 7,9 milhões do Governo do Estado.
Concluído no dia 13 de junho, o colégio já está em funcionamento desde o início do ano, recebendo 568 alunos na modalidade cívico-militar e, a partir do ano que vem, também vai atender o ensino profissionalizante. O Paraná tem hoje 206 colégios cívico-militares, sendo 12 federais e 194 estaduais. No mês passado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou que as unidades federais passarão para a gestão estadual, depois que o governo federal suspendeu o modelo em todo o País.
“Depois de anos de espera, felizmente estamos inaugurando essa unidade, que se transformou em um colégio cívico-militar. Campo Largo merecia uma escola desse porte, com essa qualidade e que vai formar cidadãos honrados, respeitosos e futuros profissionais que tiveram uma boa base educacional”, afirmou o governador em exercício.
O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou que a entrega da última obra paralisada pela investigação representa um marco para o Estado. “Essa gestão assumiu com 14 obras paralisadas pela Quadro Negro, e esta é a última finalizada. A escola recebeu um grande investimento para a instalação dessa estrutura gigantesca, que simboliza o respeito do Governo do Estado com a educação e a sociedade paranaense”, afirmou.
“É um sonho do campo-larguense, há muito tempo estávamos esperando essa obra ficar pronta”, disse o prefeito Maurício Rivabem.
Ele lembrou que os estudantes de Campo Largo estão ansiosos pelo ensino profissionalizante. “Uma escola com essa qualidade permitiu trazer para cá um colégio cívico-militar e, a partir do ano que vem, também tecnológico, que vai preparar nossos alunos para o futuro. Era uma estrutura que só tinha em Curitiba e agora está presente em Campo Largo”, destacou o prefeito. “Vai ser referência para a cidade pelo tamanho, pelo formato, sendo construído exatamente para isso”.
ESTRUTURA – Com 5.580 metros quadrados de área construída, o colégio conta com quatro blocos, distribuídos em um terreno de 12.007 metros quadrados. O bloco 1, com dois pavimentos, abriga a área administrativa, um auditório com 200 lugares, biblioteca, pátio coberto, laboratórios de línguas, matemática, química, biologia e física, depósitos, almoxarifados e 12 salas de aula.
O bloco 2 conta com refeitório, pátio coberto, cozinha e áreas de apoio. O bloco 3 contempla ginásio poliesportivo, vestiário, sala de uso múltiplo, depósito e coordenação de educação física. Já o bloco 4 reúne laboratórios para cursos técnicos de enfermagem/cuidador de idoso, segurança do trabalho, mecânica automotiva e de edificações, além de depósitos.
A diretora Roselaine Cristine Lachovisti explicou que o 1º Centenário funcionava em outra estrutura, bem menor que a atual. “Iniciamos o ano letivo já neste prédio, o que foi uma grande alegria para toda a comunidade escolar, porque é uma estrutura bem maior e mais completa”, contou. “Tínhamos oito salas e agora temos 12, mais cinco laboratórios, ginásio de esporte e mais os laboratórios técnicos. Partimos de 450 estudantes para 568 atualmente e a perspectiva é aumentar, além de oferecer os cursos técnicos”.
QUADRO NEGRO – Em 2020, o governador Ratinho Junior determinou a retomada das obras nas 14 escolas paralisadas pela Operação Quadro Negro, que apontou desvio de recursos na construção de colégios estaduais em 2015. No total, o investimento nessas unidades ultrapassou R$ 40 milhões, entre novas construções e reformas das estruturas já existentes. Com o Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, retomado em 2020, todas as unidades já foram entregues e estão atendendo os alunos da rede estadual.
PRESENÇAS – Participaram da inauguração o chefe da Casa Civil João Carlos Ortega; o secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel; o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel; a coordenadora do programa de colégios cívico-militares no Paraná, Soraia Azevedo; o coordenador militar do programa, coronel Samuel Prestes; a chefe do Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Sul, Eliandra Francielli Bini Jaskiw; a secretária municipal de Educação de Campo Largo, Dorotéa Merchiori Stoco; o deputado estadual Alexandre Curi; e outras autoridades.
Confira a relação das escolas da operação que tiveram as obras retomadas a partir de 2019:
CE Distrito de Joá – Joaquim Távora – R$ 22 mil
CE Amâncio Moro – Curitiba – R$ 360 mil
EE Doracy Cezarino – Curitiba – R$ 110 mil
CE Arcângelo Nandi – Santa Terezinha do Itaipu – R$ 3,5 milhões
CEEP Lysimaco Ferreira da Costa – Rio Negro – R$ 4,3 milhões
CE Pedro Carli – Guarapuava – R$ 3,5 milhões (nova unidade)
CE Professora Leni Marlene Jacob – Guarapuava – R$ 3,3 milhões (unidade nova)
CE Prof Linda Bacila – Ponta Grossa – R$ 1,7 milhão
CE Bandeirantes – Campina Grande do Sul – R$ 4,2 milhões (unidade nova)
Colégio Cívico Militar 1º Centenário – Campo Largo – R$ 7,9 milhões (unidade nova)
CE William Madi – Cornélio Procópio – R$ 3,8 milhões (unidade nova)
CE Francisco Pires Machado – Ponta Grossa – R$ 1,8 milhão (unidade nova)
CE Tancredo Neves – Coronel Vivida – R$ 3,8 milhões (unidade nova)
CE Ribeirão Grande – Campina Grande do Sul – R$ 5 milhões – (unidade nova)