Foi anunciado nesta quarta-feira (12) que o Governo Federal irá encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Conforme informou a Agência Brasil, ainda nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício aos secretários de Educação informando que o programa será finalizado e que deverá ser feita uma transição cuidadosa das atividades para não comprometer o cotidiano das escolas.
O Pecim era a principal bandeira do governo de Jair Bolsonaro para a Educação. O programa era executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa. Por meio dele, militares atuam na gestão escolar e na gestão educacional. O programa contava com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares.
No Paraná, entretanto, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed), informou que o Colégio Estadual Cívico-Militar 1º Centenário não pertence ao programa Pecim, por isso permanece com o programa aprovado em 2020, sem quaisquer alterações. Ainda, a Seed divulgou uma nota dizendo que “a rede estadual do Paraná tem 12 escolas do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares). Os demais 194 colégios cívico-militares do Estado são do programa estadual. A Seed-PR irá trabalhar para migrar os 12 colégios do modelo federal para o estadual”.
Colégio cívico-militar em Campo Largo
Para a população campo-larguense foi ofertada a modalidade de ensino cívico-militar para três instituições de ensino, ainda no ano de 2020. A única comunidade escolar que aceitou a implementação foi o atual Colégio Estadual Cívico-Militar 1º Centenário. A escolha foi oficializada em 04 de novembro de 2020. O colégio teve a participação de 250 pessoas na eleição para a decisão, onde 159 delas votaram a favor da implementação e 91 votaram contra, à época.
Importante ressaltar que a modalidade de ensino tem gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As aulas são ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares passaram a serem responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Segundo o programa, há um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.
Um dos diferenciais é uma carga horária aumentada, com aulas extras de português, matemática e valores éticos e constitucionais.