Tenente do Corpo de Bombeiros relembra momentos críticos e explica como foi realizada a operação
O acidente envolvendo uma carreta bi-trem que levava combustíveis, na região do km 135 da BR-277 no início da tarde da última terça-feira (13), foi atendido pelo Corpo de Bombeiros de Campo Largo, Polícia Rodoviária Federal, Departamento de Estradas de Rodagem, Instituto Água e Terra e Defesa Civil de Campo Largo. Nesta operação foram envolvidos mais de dez bombeiros, dois guinchos do DER e um caminhão com seis mil litros de água da Defesa Civil, além das equipes da PRF e do IAT.
Como a pista foi bloqueada, acabou dificultando o acesso do Corpo de Bombeiros até o local. Conforme conta o tenente Felipe Pacheco, a primeira equipe do CB chegou após 40 minutos do acionamento e a equipe em que ele estava chegou cerca de uma hora depois. “Chegando ao local nós constatamos que era uma carreta bi-trem carregando combustível, chegando a quase 40 mil litros entre gasolina e diesel. Desse todo, cinco mil litros de gasolina vazaram e acabaram indo para o solo do canteiro central, onde divide as duas pistas da BR-277. Nossas equipes fizeram a contenção e, através de aplicação de espuma, evitaram que desprendesse mais vapores e acabasse explodindo.”
Ele relembra que contatando que havia baixo risco de explosividade, por volta das 17h foi possível liberar o fluxo em meia pista para que passassem duas caminhonetes do Corpo de Bombeiros – com as barreiras de contenção, e o caminhão da empresa responsável por fazer a transferência do líquido e a contenção do mesmo, que é uma empresa que gerencia riscos ambientais, contratada pela transportadora.
“Nós começamos a mitigar os riscos e assim que eles começaram a transferência do líquido, nós tivemos que parar completamente o fluxo da rodovia completamente. Esse trabalho se estendeu das 19h às 22h, aproximadamente. Após isso, tivemos o trabalho dos guinchos, para poderem retirar o caminhão da via. Por volta das 23h foi possível liberar o fluxo das duas pista da BR-277 sentido Ponta Grossa”, explica.
Momentos críticos
Questionados sobre os momentos críticos desta operação, o tenente explica que foi o momento zero, do acidente em si, onde tiveram a descarga de cinco mil litros de combustível no meio ambiente e realmente havia o risco de explosão e veículos continuavam passando ao lado.
“O segundo momento foi na transferência de carga. Devido ao dano feito no tanque, essa transferência precisou ser feita pelas bocas de cima dos tanques, o que libera bastante vapor de gasolina, o que gera um grande risco de explosão”, finaliza.