Sexta-feira às 22 de Novembro de 2024 às 08:53:33
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Caic: 29 anos de história e referência para o Águas Claras e toda a cidade

Impossível encontrar um campo-larguense que não conheça o Caic e toda a sua estrutura, se tornando uma grande referência para toda a região do Águas Claras

Caic: 29 anos de história e referência para o Águas Claras e toda a cidade

Impossível encontrar um campo-larguense que não conheça o Caic e toda a sua estrutura, se tornando uma grande referência para toda a região do Águas Claras, que ainda estava em desenvolvimento quando o prédio e os programas foram lançados há 29 anos.

Segundo matéria divulgada pela Folha de Campo Largo, em 29 de abril de 1994, a inauguração aconteceu no dia 26 e contou com a presença do ministro da Educação e do Desporto, na época, o professor Murílio de Avellar Hingel, do secretário de Educação do Estado Olivir Gabardo, do prefeito Emídio Pianaro Junior e demais autoridades. Foi então oficialmente iniciado os trabalhos no Centro de Atenção Integral à Criança Emigdio Pianaro.

Importante lembrar que os Caics construídos em todo o país na década de 1990 – sendo três no Paraná, tinham a intenção de desenvolver programas de proteção especial à criança e sua família, envolvendo áreas da saúde, educação escolar, esportes, cultura, educação para o trabalho, alimentação, entre outras. O valor investido inicialmente no local chama a atenção, sendo 3 milhões de dólares com verba federal e com capacidade de atendimento de mil alunos em contraturnos.

Dorotéa Stoco, atual secretária municipal de Educação de Campo Largo, foi a primeira diretora da instituição e relembra que este foi um programa desenvolvido pelo Governo Federal, onde, permitia o desenvolvimento de atividades integrais e permitia que os estudantes permanecessem mais tempo dentro de uma instituição de ensino.

“Nós recebíamos na época crianças e adolescentes de 16 entidades de Campo Largo. Nós conseguimos a credibilidade da comunidade, que acreditou no nosso trabalho e participava ativamente. Eles entenderam a proposta da atenção integral, que envolvia o esporte, a saúde, a educação, tudo isso dando possibilidade de atendimento aos estudantes e às famílias, resultando em um trabalho muito lindo, do qual me orgulho em ter feito parte. Eu lembro das oficinas de capoeira e que ensinamos a fazer iogurte. E uma biblioteca maravilhosa, com muitos livros e que era de uso da comunidade. Naquele momento nós agregamos muito para a comunidade, e a instituição segue trilhando uma bela história na região.”

Caic hoje

Hoje, o Caic se tornou o Colégio Estadual Professora Albina Novak Muginoski, atendendo desde o 6º ano até o Ensino Médio, totalizando 517 estudantes. Conforme conta a diretora da instituição, Simone Ferreira do Couto, a comunidade segue com um sentimento de amor pelo espaço e participa ativamente. A instituição hoje tem dualidade administrativa com a Escola Municipal Mauro Portugal, que atende estudantes até o 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais; em outro prédio também fica o Centro Municipal de Educação Infantil Rudolf Gohringer, um dos maiores de Campo Largo em atendimento.

“É uma instituição que sentimos e damos acolhimento para a comunidade. É um espaço aberto para receber as famílias dos estudantes e que enfrenta seus desafios como outros colégios também, necessita de melhorias para melhor atender esses estudantes e acaba sendo um local em que os pais ou responsáveis vêm tirar dúvidas sobre assuntos diversos, porque é uma referência. São famílias muito participativas que temos aqui, que acompanham seus estudantes, conhecem a equipe e têm plena ciência que buscamos sempre fazer o melhor para todos”, ressalta a diretora.

Entre essas melhorias, ela pontua a necessidade de reforma no telhado, que possui muitos locais de goteira, construção de um laboratório, com crescimento constante no número de alunos, o que exige uma estrutura melhor de ambas as instituições, o que é buscado constantemente pela direção e APMF.

A diretora comenta também que a instituição passou por momentos de criminalidade. “Graças ao trabalho desempenhado por vários órgãos da comunidade junto da administração do colégio, em conscientizar e acolher as famílias, mostrar que eles tinham voz e ajuda, onde eram bem recebidos, começaram as mudanças”, relembra.

Ela comenta ainda que, devido à proximidade que a equipe tem com as famílias, acaba conhecendo a realidade delas, considerando-a singular das demais que acontecem em outras regiões da cidade. Inclusive na pandemia de Covid-19, quando o colégio ficou fechado, por muitas vezes foram levados até a casa de estudantes carentes cestas de alimentos, para ajudar neste período difícil.

A professora Silvia Wendrechoreski trabalhou desde o início na instituição e comenta que esse vínculo acaba crescendo cada vez mais, pois existe a oportunidade de trabalhar com famílias inteiras ao longo dos anos, sendo um privilégio
vê-los se desenvolver.