Ursula e Levi passaram pela inseminação artificial, mas optaram e se preparam para um parto natural realizado em casa
Uma história que inspirará muitas mulheres que sonham em ser mãe e querem viver a maternidade real. Ursula e Levi Brandão Diniz comemoram há pouco mais de um ano a chegada tão esperada de Francisco, que é a alegria da casa e de toda a família.
“Nós enfrentamos dificuldade em conseguir engravidar naturalmente. Foram muitas consultas, muitos exames realizados, tanto por mim, como pelo meu marido, para tentar descobrir a causa da infertilidade. Estamos na parte da estatística em que não há um diagnóstico fechado, não encontraram nada específico. Assim, optamos por uma inseminação artificial”, conta Ursula.
Já na primeira tentativa, ela ficou grávida e a alegria de gerar um ser tão pequeno em si transbordou em amor e gratidão. A gestação transcorreu da melhor forma possível, sem nenhuma intercorrência.
“Como tivemos uma concepção com auxílio da Ciência, eu queria que o parto fosse o mais natural possível, totalmente contrário ao que tínhamos vivido até então. Além do pré-natal com a minha médica obstetra, também fiz acompanhamento com uma equipe de enfermagem obstétrica que realiza partos naturais em casa”, relembra.
Assim, para que o parto tão sonhado acontecesse, foram intensificados os cuidados com a saúde da mãe e do bebê, sempre acompanhando se seria possível e viável realizar este tipo de parto. A médica também foi avisada do desejo da família e Ursula estava pronta para aceitar o melhor para ela e para o Francisco, independente de ser realizado em casa ou no hospital.
“A equipe veio até a minha casa fazer visitas, planejou trajetos, caso nós precisássemos ir ao hospital e também deixou toda a documentação necessária para a realização do parto natural em casa na Secretaria de Saúde da Balsa Nova. É preciso avisar a Saúde e deixar a documentação certa para que possamos registrar a criança após o nascimento”, explica.
O grande dia
O nascimento de Francisco aconteceu 21 dias antes da data prevista, no dia 11 de março de 2022, quando a mãe começou a ter contrações mais frequentes. A bolsa não havia estourado ainda e a equipe foi chamada pela família.
“Meu marido é artista plástico e fez um belo cenário para o nascimento. Tivemos uma playlist que promovia relaxamento, fotos – que eu havia fechado um dia antes dele nascer – e parto na água, como eu sonhava. Foi um momento mágico, que me entreguei, apesar das dores. Eu sabia que era por um bem maior, então não senti medo. Confiei em mim, no Francisco, no meu marido e na equipe. Em menos de uma hora ele nasceu e foi uma conexão maravilhosa. Meu marido pegou ele e me deu. Trocamos olhares, ele chorou e já amamentei. Foi lindo”, emociona-se.
Em seguida, a pediatra foi até a casa da família e Francisco passou por consulta. Fez todos os exames necessários e foi constatado que ele é um bebê perfeitamente saudável. Ele recebeu a vacina já no dia seguinte, quando saiu de casa pela primeira vez. A família também pode ir, então, visitá-los e conhecer o novo integrante. “Eu só agradecia a Deus, ao meu marido, à equipe e ao Francisco. Gratidão eterna por viver esse momento tão maravilhoso”, completa.
Ursula reforça que este parto foi possível porque houve uma dedicação e assistência importante para que ela acontecesse. Ao longo do processo, todo o acompanhamento necessário foi realizado, com uma equipe profissional e responsável.
Ao registrar Francisco, outra surpresa. “Ficamos sabendo que ele foi uma das poucas crianças nascidas realmente em Balsa Nova durante 2022. Como aqui não tem maternidade, muitos nascimentos acontecem em Campo Largo. Não são frequentes os casos de nascimento no Centro Médico, pelo que nos passaram”, diz.
A maternidade hoje
“Olhando para trás eu vejo que faria tudo de novo, se eu tivesse oportunidade. A maternidade se resume a amor e doação, e eu só descobri a intensidade quando me tornei mãe. Teve muita privação do sono e também da liberdade, mas esse amor eu não trocaria por nada. Hoje, ver ele falando as primeiras palavrinhas, ser colo, alimento e porto seguro de alguém é incrível. Passei a valorizar ainda mais a minha mãe e as mães que eu conheço, porque consigo entendê-las”, diz.
“Para as futuras mamães, as tentantes, como eu já fui um dia, reforço que elas não parem de buscar este sonho. Se este é o seu desejo, garanto que ele vale a pena todo o sacrifício”, finaliza.