Há anos o desejo de toda a comunidade escolar do Colégio Estadual Darlei Adad era ter um espaço próprio, com maior estrutura aos seus estudantes.
Há anos o desejo de toda a comunidade escolar do Colégio Estadual Darlei Adad era ter um espaço próprio, com maior estrutura aos seus estudantes. O objetivo foi alcançado no último dia 20 de março, quando deixou de estar em dualidade administrativa com a Escola Municipal Madalena Portela e agora está instalado em prédio alugado, localizado na Avenida Ayrton Senna da Silva, no Jardim Busmayer.
A Folha conversou com a diretora da instituição, professora Hecilda Carneiro, e que trabalha como professora de Geografia desde 2009 e acompanha há um bom tempo a história do colégio. “O colégio tem um pouco mais de 20 anos de fundação e por todo esse período, até 20 de março deste ano, esteve em dualidade administrativa, localizado no Ouro Verde.”
A diretora relembra que quando passou a trabalhar como professora no Darlei Adad, havia dois turnos, manhã e noite. No decorrer dos anos, o noturno passou para o diurno, quando passaram a ter turmas à tarde, o que durou por longos anos. “Quando assumi a direção, o Madalena Portela precisou de mais espaços e, como o prédio é municipal, a preferência é deles, então o Ensino Médio passou a acontecer no período noturno, com a promessa aos pais e responsáveis que assim que fossemos para um novo endereço, traríamos o Ensino Médio para o diurno novamente, pois trabalhamos com adolescentes, de 14 a 17 anos”, ressalta.
Ela comenta que tanto a demanda do Madalena Portela como do Darlei Adad só cresceu. Ela lembra que quando assumiu a direção do colégio, há quase dois anos, eles atendiam 290 matrículas, porém hoje, atendem mais de 400. No final do ano passado e início deste ano, o prédio, que é um porte pequeno a médio, tinha circulando 800 estudantes – somando as duas instituições – ao longo do dia.
Evidente necessidade de espaço
Para que todos convivessem em harmonia, foi necessário remanejamento de horários de entrada, intervalo, Educação Física e saída, por exemplo, para conseguir atender todos os públicos. “O aumento da população campo-larguense, especialmente nessa região que nós atendemos, então foi muito necessário que uma mudança acontecesse. Há mais ou menos cinco anos, membros da comunidade escolar realizaram um abaixo-assinado para que a Prefeitura comprasse um terreno, doasse para o
Estado e fizesse um novo colégio. Porém, comprar um terreno no Ouro Verde é caro, o município tem outras demandas, e não foi possível concretizar”, relembra.
Entretanto, quando a instituição ficou fechada por conta da pandemia, as coisas “esfriaram”, visto que não havia aulas presenciais e o acesso ao espaço físico era baixo. “Quando eles voltaram, a necessidade de um novo espaço ficou bastante evidente, então iniciamos a procura de um novo espaço. De início buscamos um espaço do Estado, porém não encontramos. Foi então, que surgiu a opção da locação. O Darlei Adad conquistou também seu espaço, com excelentes índices, seja na presença dos estudantes, como também via notas da Prova Paraná, além de desenvolver o ensino de Robótica no colégio, com equipe que foi para a fase estadual com um robô de material reciclável. O colégio mostrou que aumentava a demanda e os alunos apresentavam qualidade de aprendizagem satisfatória”, diz a diretora.
Aumento de salas
Com um espaço maior, vem também a possibilidade de abertura de novas turmas. No último dia 10 de abril foi iniciada uma turma de 1º ano de Ensino Médio, que quer voltar a atender o Ensino Médio pela manhã, e uma turma de 7º ano à tarde, pois as duas turmas de 7º ano estavam bem cheias.
Também estão com lista de espera de mais de 20 alunos. “Nós solicitamos e a chefia do Núcleo Regional nos atendeu, foi possível abrir mais duas turmas. A ideia é que atendamos em 2024 as séries finais do Fundamental e o Ensino Médio de manhã, à tarde o Ensino Fundamental e séries finais e mantenha o Ensino Médio no período noturno. O período noturno tem possibilidade de atender cursos técnicos, desde que tenhamos o laboratório em funcionamento”, conta.
A diretora Hecilda explica que será feita uma pesquisa com a comunidade escolar para verificar quais as necessidades e a demanda deste público para abertura destes cursos técnicos.
Comunidade escolar em festa
A comunidade escolar como um todo está em festa com a mudança para o novo prédio, pois há valorização de um trabalho árduo e luta por um espaço único. “Sempre tivemos uma APMF atuante, que mostrou para a Secretaria de Educação do Estado do Paraná que merecíamos esse prédio. Contamos com ajuda de muitas pessoas, desde a Câmara Municipal, o Roni Miranda, que é o atual secretário da Educação e que tem grandes planos para este colégio, pessoal do Núcleo e tantas outras pessoas que se envolveram, nós só temos a agradecer. Oferecer este espaço para os estudantes do Darlei Adad, que tem mais qualidade e possibilidades de aprendizagem parece um sonho, por isso só temos o que agradecer”, finaliza.