Dyana Cardoso tem 22 anos e a partir de outubro dois dos retratos feitos por ela estarão em exposição no Le Carrousel du Louvre, em Paris, na França
À margem direita do Rio Sena, 1º arrondissement (distrito) da cidade de Paris, na França, junto a mais de 38 mil obras de Arte, dois retratos de uma artista campo-larguense, diretamente do distrito de Três Córregos, também estarão expostos. O sonho do reconhecimento de sua arte chegou para Dyana Cardoso, de apenas 22 anos. Ela foi uma dos artistas selecionados para expor duas obras no Le Carrousel, que se trata de uma galeria comercial no subsolo do Museu do Louvre, que é o maior museu de arte do mundo e um monumento histórico em Paris.
Dyana é adepta ao estilo Realismo, por isso registra de maneira fiel e artística retratos de pessoas, buscando cada detalhe para que as imagens fiquem próximas do real. “Meus retratos são feitos em papel, com lápis de cor. Por muito tempo eu usei lápis de cor escolar, simples. Há pouco tempo comecei a usar o profissional. Me inscrevi em uma agência que selecionava artistas mais com a intenção de ter um feedback dos meus retratos e saber o que eu teria que aperfeiçoar, quando recebi a notícia de que havia sido selecionada para participar da exposição.”
A notícia veio ainda no final do ano de 2022 e fez com que Dyana, literalmente, pulasse de alegria, junto aos seus familiares. “Foi uma emoção muito intensa que senti, inexplicável”, retrata a artista que terá até o mês de março para submeter alguns retratos desenhados por ela, que serão levados pela curadoria para então serem expostos em Paris.
“Eu não vou conseguir ir até Paris, pois a curadoria é responsável pelas obras apenas, mas caso eu quisesse ir, teria que arcar com a viagem, mas ter meus retratos expostos me emociona muito. Estou produzindo os desenhos que irão para a Europa, ainda não estão prontos. Minha narrativa sempre envolve a infância, os desenhos então serão inspirados nas brincadeiras infantis”, comenta.
Aprendendo e aperfeiçoando sozinha
A artista, que também divide o tempo trabalhando no salão de beleza da família, começou a desenhar há pouco mais de três anos, mas sempre foi uma entusiasta na parte artística. “Meu tio e meu primo desenhavam retratos e eu sempre admirava e também buscava desenhar algumas coisas, sempre foi algo que eu gostei muito de fazer. Até pensava em aprender com eles, mas eu sempre fui muito tímida. Eles acabaram sofrendo um acidente e vieram a falecer. Infelizmente, não tenho nenhum desenho deles guardado, somente estão em minha memória. Foi depois deste acontecimento que eu decidi começar a aprimorar minhas técnicas e fui me desenvolvendo cada vez mais”, relembra.
Hoje, ela recebe encomendas de retratos e registra momentos de maneira muito singular e mesmo recuperando imagens que marcam a vida de pessoas em fotografias, que estão em baixa qualidade ou danificadas. Os desenhos levam de uma semana a um mês para ficarem prontos e acabam indo também para a galeria pessoal dela e vitrine do seu trabalho, o Instagram, o @dy_desenhos.
“Agradeço a todos que me apoiam, que apreciam e reconhecem a minha arte, em especial ao meu marido, Renilson, que me dá um grande suporte e acredita muito em mim”, finaliza.