Com as altas temperaturas do verão, muitas pessoas acabam procurando opções para se refrescar na cidade. Entretanto, acabam indo para represas e águas que não são autorizadas para banho e nem supervisionadas por bombeiros. Por isso, a Folha conversou com o 1º Tenente do 2º Grupamento de Bombeiro de Campo Largo, Guilherme Tostato, que alerta sobre as precauções e perigos de afogamentos nesses lugares.

Precauções

Para evitar acidentes, o Tenente Tostato relata que o banhista não deve entrar em águas que não tenham a supervisão de bombeiros, que não sejam próprias para banho e que evite entrar nesses locais sozinhos.

O comportamento antes de entrar na água também é importante. É indicado que as pessoas não entrem sozinhas, que evitem ingerir bebidas alcoólicas e não adentrem após uma refeição muito exagerada. Os saltos de lugares muito elevados também devem ser evitados, já que o local embaixo d’água pode ter pedras e causar danos à pessoa.

Afogamentos

Em casos de afogamento, não é recomendável que pessoas sem experiência em salvamento entrem na água para tentar ajudar, com o próprio corpo, quem está se afogando.

“Durante a ocorrência de afogamento, a vítima que está se afogando pode se apoiar em quem está tentando salvá-la, e se não houver as manobras adequadas para o salvamento, as duas pessoas podem vir a se afogar”, garante o Tenente.

É importante ressaltar que mesmo as pessoas com experiência na natação podem se afogar. Segundo a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamentos Aquáticos) mais de 50% dos casos de afogamentos são de pessoas que sabiam nadar.

O melhor a se fazer é tentar lançar objetos flutuantes (boia, garrafa, corda, pedaço madeira e etc) até a pessoa, para que ela possa se estabilizar na água.

Após o possível resgate, é indispensável a ligação para o 193, que é o número de emergência do Corpo de Bombeiros. Nessa ligação, as informações de quanto tempo a pessoa ficou submersa na água, da situação dela após resgate, se a vítima está consciente e se inalou água são cruciais para o encaminhamento do melhor tipo de socorro para a situação.

Casos na região
Segundo o Tenente Tostato, o Corpo de Bombeiros de Campo Largo não tem dados precisos de pessoas salvas na cidade em 2022, já que, em muitos casos, situações de pessoas que precisaram de atendimento de salvamento não procuram o socorro, ou o mesmo é realizado em uma área que não é protegida por guardas-vidas.