19 policiais militares foram afastados das ruas suspeitos de envolvimento em ações que resultaram na morte de 12 pessoas em Curitiba e Região Metropolitana, segundo o Ministério Público (MP), sendo dois destes profissionais de Campo Largo.
Conforme a instituição, enquanto perdurar a medida, os investigados só poderão fazer serviços administrativos, e estarão proibidos de exercer trabalho operacional armado ou no setor de inteligência.
Além deles, outros quatro policiais também são investigados por uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada nesta terça-feira (13).
Conforme o Gaeco há indícios de que as descrições feitas pelos policiais militares nos boletins de ocorrências de pelo menos quatro casos não condizem com a realidade.
A operação foi realizada com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e cumpriu 31 mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho dos investigados nas cidades de Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Campo Largo, Colombo, Guaratuba e Londrina. Os nomes dos policiais não foram divulgados.
Conforme a polícia, durante o cumprimento dos mandados, celulares e computadores foram apreendidos. Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar do Paraná afirmou que "nada de ilícito foi encontrado em posse dos Militares Estaduais".
Ações
Uma das ações investigadas diz respeito a um caso de confronto que resultou na morte de oito pessoas e ocorreu na madrugada do dia 11 de agosto nos bairros Cajuru e Campo de Santana.
Na época, os policiais afirmaram que os indivíduos eram suspeitos de integrar uma quadrilha.
A outra aconteceu em 24 de agosto em Campo Largo e, segundo a polícia, resultou na morte de uma pessoa no interior de uma casa no Jardim Meliane.
A terceira diz respeito à morte de um adolescente em Curitiba, no Parolin, em 2 de setembro. A morte do jovem gerou protesto de moradores.
Por fim, a quarta ação investigada envolve a morte de duas pessoas no bairro Campo Comprido, em Curitiba, no dia 2 de setembro. Na época, policiais alegaram que haviam informações que indicavam a prática de crimes no interior de um condomínio.