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Política

A urgente vacinação prioritária na segurança pública

Há meses tenho reivindicado no governo estadual a vacinação prioritária para os policiais e servidores da segurança pública do Paraná.

 

A urgente vacinação prioritária na segurança pública

Por Rubens Recalcatti*

Há meses tenho reivindicado no governo estadual a vacinação prioritária para os policiais e servidores da segurança pública do Paraná. Nos discursos das sessões plenárias virtuais da Assembleia Legislativa e nas redes sociais , tenho quase todos os dias anunciado falecimentos de nossos guerreiros das forças de segurança causados pela Covid-19.

Felizmente, há sinalizações de que o governo, depois da imunização das faixas etárias acima dos 60 anos, irá iniciar imediatamente a vacinação dos professores e dos trabalhadores da segurança pública. Pelos cálculos oficiais, os idosos do Paraná deverão ser vacinados na totalidade até o final de abril, dando início à imunização de outros grupos prioritários. A decisão de inverter a sequência de vacinação, porém, ainda não foi oficializada no Paraná.

Na sessão plenária virtual da segunda-feira da semana passada, fiz um pronunciamento cobrando das autoridades uma atenção especial aos servidores da segurança pública por causa do crescente número de falecimentos entre os policiais civis e militares, guardas municipais e, especialmente, entre os policiais penais. No dia 17 de fevereiro, já havia encaminhado requerimento pedindo providências quanto à vacinação prioritária.

Entendo que, ao falarmos em segurança pública, é preciso envolver também os trabalhadores da segurança privada, que não deixaram de trabalhar e cumprem a função de manter a ordem e a segurança do patrimônio privado, ficando expostos ao contato com o público em geral. Outro problema que expus no pronunciamento foi a falta de apoio aos familiares que estão sendo vítimas da Covid-19.

Alertei ainda sobre o escasso apoio aos policiais civis, militares, rodoviários, bombeiros e penais, servidores da Polícia Científica, guardas municipais e trabalhadores da segurança privada em relação a ações preventivas, como fornecimento de material de proteção e preocupação em lhes dar uma prioridade na sequência da vacinação. Nos últimos dias, continuam chegando ao meu conhecimento as notificações de mortes dos agentes das forças de segurança.

O agravante é que algumas mortes ocorrem sem que seja possível um atendimento médico adequado. Foi assim com um policial civil em Engenheiro Beltrão, a 460 Km de Curitiba, encontrado desfalecido em seu apartamento há três semanas. O investigador se encontrava em isolamento social, no aguardo de um leito hospitalar. Nesta semana, outro policial de Engenheiro Beltrão também veio a falecer. Duas mortes em uma cidade que já não devia ter a estrutura adequada para os serviços policiais.

O cenário hoje é preocupante. Mas a esperança de dias melhores não para de crescer também. A vacinação tem avançado e os esforços das autoridades têm sido gigantescos. O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a iniciar a vacinação aos fins de semana, de domingo a domingo. E isso é muito bom. O importante é que cada um faça a sua parte e todos possamos sair dessa juntos.

*Rubens Recalcatti é deputado estadual pelo PSD

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