Natali morreu quase que instantaneamente, com um tiro de revólver calibre 32, na testa. Na parede, uma curiosa frase escrita em tinta azul: “Só deus sabe a minha hora”
O besta desafio do azar, a “Roleta Russa”, uma única bala no tambor, o giro, o gatilho armado e a dúvida se a bala está na agulha ou não. Uma chance em seis, de matar ou morrer. Esta seria uma das versões do assassinato da jovem Natali Samara de Assis (15), crime ocorrido às 10 horas da manhã desta quarta-feira (16), na Rua Florisval Leal, 12, no Jardim Florestal. O suspeito do crime, Kaio Murilo de Oliveira (19), fugiu.
O crime aconteceu no quarto do rapaz, namorado de Natali há aproximadamente um ano. Havia mais uma pessoa na casa, uma irmã dele, que disse à Polícia que o casal estava bem, que não havia discussão, não ouviu barulho, apenas o tiro. Uma equipe do Siate e outra do Samu, estiveram no local, mas quando eles chegaram a moça já estava em óbito. Policiais militares e civis também compareceram ao local do crime, além de três equipes da Polícia de Choque, da Polícia Militar (RONE), de Curitiba.
O crime
Natali morreu com um tiro na testa, logo acima do nariz. Na cama onde provavelmente estivesse sentada no momento do crime, manchas de sangue no travesseiro e nos cobertores e lençóis. O corpo estava no chão, em decúbito dorsal (barriga para cima), ao lado da cama. A mão direita da jovem, suja de sangue. Ela trajava calça de moleton, blusa de malha e tênis. Não foram encontrados sinais de violência (briga), no local do crime. Na parede do quarto havia um violão pendurado e algumas frases, destacando-se uma que diz “Só Deus sabe a minha hora”.
No local do crime, os policiais militares (sargento Miquelasso e soldados Vieira, Sidionei, Carneiro e Marcos José) e policiais civis Paulo e Fernando, da Delegacia de Campo Largo, levantaram informações sobre o relacionamento do casal e a conduta de Kaio. Tão logo aconteceu o crime ele fugiu do local, deixando a arma, um revólver calibre 32, com a cápsula da única bala, ainda no tambor.