Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 02:30:04
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CESF realiza Primeira Feira de Iniciação Científica com 52 trabalhos de alunos

Foi realizada quarta-feira (12) a Primeira Fei­ra de Iniciação Científica, trabalho realizado pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Colé­gio Estadual Sagrada Família.

CESF realiza Primeira Feira de Iniciação Científica com 52 trabalhos de alunos

Foi realizada quarta-feira (12) a Primeira Fei­ra de Iniciação Científica, trabalho realizado pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Colé­gio Estadual Sagrada Família.

A instituição participa do Programa Ensino Médio Inova­dor – ProM, o qual tem como um dos eixos a iniciação cien­tífica, fazendo com que os estudantes do Ensino Médio se habituem às pesquisas e desenvolvam todas as etapas, re­alizando projeto de pesquisa, definindo o tipo de pesquisa realizada – bibliográfica, de campo, experimental – desen­volvam e a partir do resultado, montem um produto final, neste ano o banner. “Eles produziram os banners, dentro dos critérios da pesquisa científica e estão apresentando. O objetivo é que seja um trabalho interdisciplinar, o que fez eles explorarem vários assuntos de várias disciplinas. Te­mos trabalhos que juntam a Física com a Biologia, Sociolo­gia com Biologia, Literatura com Biologia, então nós temos vários ‘casamentos’ entre disciplinas que deram um ótimo resultado final”, explicou uma das professoras responsáveis pelo projeto, Elaine Ferreira.

O projeto foi orientado pelas professoras Elaine Ferrei­ra, Angela Fernandes e Carla Ceschin, que fizeram a orien­tação, correção dos trabalhos, até chegar no produto final. Os alunos puderam contar também com a ajuda da profes­sora Denise Colatusso, que embora não dê aula para eles, contribuiu com seus conhecimentos na área de pesquisa, pois se dedica às pesquisas na graduação e pós-gradua­ção, e desenvolveu um material básico para auxiliar no iní­cio dos projetos.

“Os trabalhos tinham uma pontuação dentro da nota do segundo trimestre, e eles se empenharam muito para realizar esse trabalho, algo que ultrapassou do objetivo de conquistar apenas a nota. Eles se dedicaram porque real­mente gostaram do projeto. De um total de 52 trabalhos, ape­nas duas equipes não terminaram, mas agora estão correndo atrás para apresentar também”, ressalta a professora Elaine.

A professora Angela contou que no início eles tinham muitas dúvidas, mas que foram aprendendo com o passar do tempo. “Eles não sabiam como fazia o projeto, não ti­nham tido contato com esse tipo de trabalho. Nossa ideia foi partir da base mesmo, explicar como construía, um pro­cesso de escrever várias vezes, mas o resultado foi bastan­te positivo.”

Alguns professores já tinham participado do curso Pes­quisar na Escola, que mostrou a importância de começar a desenvolver a pesquisa nos Ensinos Fundamental e Médio, para que ao chegar na graduação já tenham noções do de­senvolvimento. “Esse trabalho serve para eles perceberem que pesquisa não é só copiar algo de um material, mas en­volve todo um procedimento metodológico”, diz a professo­ra Elaine.

Os alunos puderam escolher com quem eles queriam trabalhar, podendo fazer trabalhos individuais, em duplas, trios ou grupos, inclusive de outras turmas do terceiro ano do Colégio. “Muitos alunos já foram direcionando os traba­lhos para as áreas de estudo de interesse deles, muitos fize­ram trabalhos na área Biológica, da Psicologia, Ambiental, das Engenharias; isso permite que eles explorem um pouco as suas aptidões e da área de atuação que pretendem tra­balhar”, disse a professora Angela.

Os 10 melhores trabalhos foram selecionados e inscri­tos no FiCiências, uma feira de Ciências e Engenharias, que acontece em Foz do Iguaçu. O resultado será divulgado no próximo dia 03 de outubro.

“A ideia é para o próximo ano, esse ser um projeto da escola, pois eu sou da Biologia, a Angela da Língua Por­tuguesa e a Carla da Física, tinha alguns trabalhos que foi envolvido Sociologia, Filosofia, que fugiu da nossa área de conhecimento e tivemos dificuldade em orientar. Para o ano que vem a intenção é que eles possam desenvolver em qualquer disciplina ou juntando duas disciplinas e o profes­sor dessa disciplina seja orientador deles, para ficar ainda mais específico”, finalizou a professora Elaine.

A Folha de Campo Largo visitou alguns stands duran­te sua visita à Feira e escolheu dois para trazer aos leitores.

Apatia Juvenil

“Nosso tema se encaixa bem com o mês Setembro Amarelo, nós pesquisamos sobre a Apatia Juvenil. O que seria uma pessoa apática? Uma pessoa sem sentimentos, que está sempre triste. A apatia causa várias doenças, in­clusive a depressão, que embora debatida hoje, ainda é confundida com uma simples tristeza. Em nossa pesquisa, descobrimos que uma tristeza comum demora cerca de 20 dias para passar e a depressão não, se não for tratada, com o tempo ela agrava, causando desgaste e até suicídio. O ob­jetivo do nosso trabalho era ver como a escola poderia aju­dar os estudantes, pois fizemos pesquisas com as turmas dos 8º ano do Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio e descobrimos que os alunos estão ficando cada vez mais tristes. Algum dos motivos é a pressão em tirar boas notas, passar no vestibular e as perspectivas negativas para o futu­ro. Nosso tema foi retirado do nosso circulo de amigos, pois muitos deles sempre estão tristes.” Trabalho dos alunos Ali­ne Antunes, Caroline Venski e Gabriel Coelho.

Cartas ao farmacêutico

“O nosso projeto foi escolhido porque a família de uma das integrantes tem uma história bem legal e decidimos pesquisar. O avô dela era o Odair Lamóglia, que começou a atuar como farmacêutico em 1947. A família ainda tem um armário com itens bastante antigos, com remédios, mate­riais que ele usava para manipular os medicamentos, docu­mentos, diploma, carteira de trabalho, entre outros itens e no meio três cartas, que pessoas do interior, que não tinham muito recurso para vir até a cidade, enviaram para ele com sintomas ou por vergonha de contar o que tinham. Ao ana­lisar, vimos que a escrita não estava no Padrão da Norma Culta, que eram papéis bem antigos e quisemos descobrir o porquê eles mandaram essas cartas. Vimos que é uma for­ma de aproximar o farmacêutico ou o médico do paciente, pois até hoje, na terapia com psicólogos, algumas pessoas têm vergonha de contar, expor um problema, o que é feito por meio das cartas. Nós fizemos pesquisas bibliográficas, entrevista com pessoas mais idosas, entrevistamos os fun­cionários e clientes da farmácia. Essa é a História da nossa cidade também.” Trabalho das alunas Maria Fernanda La­móglia, Victória Bubiniak e Fabiane Cavali.