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Google

10-08-2010

Polícia invade escritório do Google na Coreia do Sul. Empresa enfrenta mais uma polêmica que envolve o serviço Street View.

 

 Google

10-08-2010

A polícia da Coreia do Sul invadiu o escritório do Google em Seul nesta terça-feira (10) sob a justificativa de que a empresa de buscas na internet coletou dados de usuários de forma ilegal para o Street View, serviço que mostra imagens detalhadas em 360º das cidades.

O Google vem se preparando desde o final do ano passado para lançar o Street View na Coreia do Sul e a captura de dados está relacionada a esse lançamento, segundo a polícia.

A investigação em um dos países que mais usa a Internet na Ásia representa mais um revés para o Google, que já enfrenta acusações relacionadas ao Street View por parte da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos e de outros países, além de ações trabalhistas.

A companhia ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A Agência Nacional da Polícia Coreana falou sobre o caso por meio de um comunicado.

- [A polícia] está investigando o Google na Coreia sob suspeita de captura e armazenagem não autorizada de dados de usuários de internet aleatórios por meio de conexões sem fio.

O Google anunciou em maio que sua frota de carros, que durante anos vem fotografando ruas ao redor do mundo, tinha acidentalmente recolhido informações pessoais - que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de email e senhas - por meio de conexão à internet Wi-Fi (sem fio).

Falha também atingiu serviço no Brasil

Os carros do Google também passaram por ruas de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. A informação foi confirmada ao R7 por Alberto Arebalos, diretor de comunicação da empresa para a América Latina.

De acordo com o Google, a coleta de dados, feita pelos veículos que fazem imagens para o serviço Street View, ocorre por um "erro". A empresa diz que o software usado nos carros tem um código, supostamente colocado ali por engano, que permite obter as informações trocadas pelos usuários por meio da internet, mas negou ter usado esses dados em seus produtos. O problema atingiu apenas internautas que deixam sua conexão desprotegida, sem o uso de senhas.

 

Arebalos disse, por e-mail, que "todos os carros" usados no serviço, que mostra imagens das cidades em 360º, estavam equipados com o software problemático. O executivo afirmou, entretanto, que o trabalho dos veículos foi interrompido até que o programa seja modificado e que os dados serão apagados.

- O software troca de canal cinco vezes por segundo, então o que se obtém são fragmentos. Nenhum desses dados foi utilizado e, quanto descobrimos que o programa havia coletado essas informações, decidimos anunciar isso ao público, parar os carros e mudar o sistema.

O trabalho dos carros no Brasil começou em julho do ano passado, em Belo Horizonte. No fim de 2009 foi a vez da cidade do Rio de Janeiro, seguida por São Paulo, que começou a ser fotografado em janeiro deste ano. De acordo com o Google, nessas cidades a captação das imagens já terminou. A empresa afirma que nos últimos meses os veículos estavam fotografando outros locais, mas não soube precisar exatamente quais. A meta é que imagens de todo o Brasil estejam disponíveis no serviço, que ainda não tem data de lançamento no país.