09-08-2010
Estudo alerta para ligação entre tatuagem e infecção por hepatite C. Tipo da doença é o mais letal no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
09-08-2010
Uma pesquisa feita no Canadá e que analisou dados de 30 países, incluindo o Brasil, serve de alerta para o cuidado com a higiene e a esterilização de instrumentos usados por tatuadores. Isso porque, de acordo com o estudo, feito pela Universidade de British Columbia, a incidência de hepatite C, doença que matou mais de 14 mil pessoas no Brasil entre 1999 e 2009, e o número de tatuagens que o indivíduo tem.
Em comunicado, os cientistas dizem que "jovens, presidiários e indivíduos com várias tatuagens que cubram grandes partes do corpo têm mais risco de contrair a hepatite C".
A hepatite é uma doença que se caracteriza pelo ataque às células do fígado, que causam inflamação no órgão. Nos casos da doença causados pelos tipos B, C e D do vírus, a infecção pode evoluir para cirrose e câncer de fígado.
Siavash Jafari, principal autor do estudo, como os instrumentos usados durante a tatuagem entram em contato com o sangue e outros fluídos corporais, podem ocorrer infecções se esses acessórios forem usados em mais de uma pessoa sem serem esterilizados ou se não houver a higiene adequada.
- Além disso, se a tinta não for armazenada adequadamente pode ter um papel importante na transmissão de infecções. Clientes de estúdios e o público em geral precisam ser educados sobre os riscos da tatuagem, e os tatuadores precisam discutir isso com as pessoas.
A recomendação é que os países adotem programas de prevenção para jovens (o público que mais se tatua) e os presidiários, que têm uma prevalência alta de hepatite C. No Canadá, até 25% dos detentos infectados pelo vírus têm tatuagens, enquanto na população em geral a taxa é de 6%.
Fonte: R7 Notícias