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Policial

Combate ao crime

Imagens de 2 mil câmeras de segurança públicas e privadas vão auxiliar o trabalho da polícia em tempo real, em Curitiba e RMC.

Combate ao crime

14/07/2015

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná está na fase final dos procedimentos para que o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) seja utilizado como ferramenta policial 24 horas por dia. Esta fase compreende testes de softwares e capacitação dos profissionais que vão atuar no local, controlando as câmeras.

A estrutura do Centro permite videomonitoramento por meio da interligação com câmeras de segurança públicas e privadas. São 2 mil câmeras públicas que já estão integradas e que, por meio de profissionais operadores de inteligência, poderão auxiliar em tempo real o policial que estiver atendendo uma ocorrência.

Nos últimos meses, houve uma readequação do projeto, que anteriormente previa a utilização do espaço como central de despacho de ocorrências. “Será possível pesquisar informações dos suspeitos em bancos de dados e cruzar esse levantamento com placas de veículos, por exemplo, interagindo com o policial que estiver na rua, atendendo a ocorrência”, explica o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.

A instalação dos novos equipamentos e reuniões semanais com os técnicos envolvidos vem acontecendo desde o início do ano. Em um primeiro momento, o trabalho de segurança pública a partir do Centro Integrado, com esse novo conceito, começa por Curitiba e Região Metropolitana, na primeira semana de agosto. A intenção é expandir as atividades do Centro Integrado para todo o território paranaense.

COMPOSIÇÃO – Integrarão o CICC as polícias Civil, Militar, Científica, Corpo de Bombeiros, as Polícias Rodoviária Estadual e Federal, Guarda Municipal, entre outras entidades, e o Departamento de Execução Penal (Depen), que fará o monitoramento das tornozeleiras eletrônicas a partir do local.

“A partir do Centro Integrado teremos a localidade online do monitorado. Hoje nós temos a posição de através de satélite e podemos localizar onde a pessoa com a tornozeleira eletrônica está. No caso da sala integrada, já acionaremos a polícia no momento do delito, caso seja praticado, como quando o indivíduo tentar cortar o aparelho. Ou seja, poderemos monitorar o preso com maior eficácia”, informa o agente penitenciário, Jefferson Oliveira dos Santos.

Além disso, já foram firmadas parcerias com as Guardas Municipais de Curitiba e de cidades da Região Metropolitana. “Estamos dando treinamento para os guardas municipais e nossa intenção é também o compartilhamento das informações para melhorar a qualidade de atendimento das ocorrências da cidade, com tempo de resposta menor”, diz o secretário da Segurança Pública.

Para o inspetor Cláudio Frederico, da Guarda Municipal de Curitiba, o consórcio das Guardas Municipais é uma maneira de integrar as ações e nivelar a forma de atuação. “A integração do sistema de videomonitoramento é fundamental para utilizar os recursos, tanto humanos quanto materiais, no intuito de diminuir a criminalidade”, afirma ele.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é outra instituição parceira que passará a integrar o Centro. “Esperamos que a integração entre as instituições otimize o atendimento à sociedade e possa melhorar o tempo de resposta nas ocorrências, inclusive em uma situação de fuga, por exemplo, que inicie na cidade e continue por uma rodovia, e que precisa de contato rápido com todos os envolvidos no atendimento”, explica um dos representantes da PRF, Anderson Camilo.

Outra iniciativa vinculada ao Centro Integrado de Comando e Controle é a substituição do boletim de ocorrências em papel, preenchido pelo policial na rua, pelo boletim eletrônico, a ser preenchido na hora do atendimento, em tablets que a Segurança Pública já possui e que serão distribuídos às unidades policiais.

COPA DO MUNDO – Inicialmente, o Centro Integrado de Comando e Controle foi usado como estrutura responsável por todas as decisões operacionais durante a Copa do Mundo 2014 e permanece no Paraná como um dos legados do evento mundial. Durante a Copa, trabalharam em um mesmo espaço, de forma conjunta, 33 instituições (municipais, estaduais e federais) envolvidas de alguma forma nas ações desenvolvidas ao longo do período da Copa, com a tomada de decisões em situações críticas de forma eficiente, ágil e efetiva, nos âmbitos operacional e tático.

Após a Copa, o Centro Integrado de Comando e Controle foi utilizado esporadicamente, principalmente para acompanhamento de grandes eventos, além de rebeliões, e como base no primeiro e segundo turnos das eleições 2014.