17/10/2014
O fornecimento de água tratada depende, diretamente, da energia elétrica. No Paraná, 3.440 unidades operacionais instaladas pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) só funcionam se há luz para acionar os equipamentos de grande porte que bombeiam a água dos rios, ou dos poços, até as estações de tratamento. Estas, também dependem da energia para fazer a água circular entre os tanques até tornar-se própria para o consumo humano. É por meio da energia elétrica que a água é bombeada dos reservatórios até os pontos de consumo. Atualmente, a Sanepar utiliza cerca de 50 milhões de metros de redes, que só operam se houver energia para pressurizar a tubulação e fazer a água chegar ao destino.
Quando há falta de energia elétrica, a normalização do abastecimento de água é mais demorada do que o retorno da luz, pois a velocidade da luz não se aplica à água. Sempre que há interrupção no fornecimento de água, as tubulações ficam vazias. Para retomar o abastecimento, o bombeamento deve seguir determinados parâmetros. Se for reiniciado rapidamente, com alta pressão, as tubulações rompem. Por isso, geralmente são necessárias várias horas até que a água chegue às torneiras de novo, após o reinício da produção e da distribuição.
Paradas programadas
Para evitar os transtornos com a falta de energia e a decorrente falta de água, tanto a Sanepar quanto a Copel têm investido em manutenções preventivas. Quando necessárias, para interligações ou substituições de equipamentos, as paradas exigem menos tempo.
Em casos emergenciais, quando a queda de energia é provocada por temporais ou acidentes de trânsito, por exemplo, a Copel prioriza restabelecer o fornecimento de energia nas regiões onde estão instaladas unidades da Sanepar essenciais para a retomada do abastecimento de água.
Geradores
Na Sanepar, o uso de geradores se aplica em poucos casos, porque a elevada potência necessária é inviável econômica e tecnicamente. Outra limitação dos geradores é de ordem ambiental. O consumo de óleo diesel é alto e gera impacto que deve ser medido, previsto e licenciado. Além disso, geradores não podem permanecer funcionando por muitas horas. Ou seja, considerando-se os custos, a logística e o impacto na tarifa, o uso de gerador não é a melhor opção para os sistemas da Sanepar.