01/08/2014

Por:Danielli Artigas de Oliveira

Lodo, larvas, lixo e pichação. Isso é o que se encontrava no Chafariz de Campo Largo, na Rua Monsenhor Aluísio Domanski. Um patrimônio histórico, de 1882, que é alvo de vandalismo e que não recebe a devida manutenção.

Para resgatar esta história, a artista plástica Evelyn Passos realizou, sozinha, a limpeza do Chafariz no ano passado e neste ano teve apoio de outros campo-larguenses. Estiveram com ela nesta ação - o que ela está chamando de Amigos e Amigas do Chafariz - seus filhos Rafael e Leandro, a Eliane Jaskievicz e Roni Carlos Cardoso, o qual foi com um caminhão para desentupir a saída de água e retirar os resíduos.

Evelyn conta que foram tiradas centenas de larvas e que, por estar entupida a saída de água, estava “puro lodo”. Reflexo do descaso da população, foram retirados três sacos de lixo – até mesmo chinelo e camisetas velhas jogadas. Com um produto específico, conseguiram tirar a pichação dos azulejos, mas o mesmo não foi possível na parte pintada. Para tirar a pichação desta parte, neste próximo sábado eles pintarão com tinta, a qual será doada pela Engerama.

Após a limpeza, os voluntários pediram flores e terra na Campestre e plantaram nas laterais do Chafariz. A ideia ainda é fazer algum trabalho com as nascentes, para que jorre a água para cima, dando mais vida para o Chafariz, talvez até com um vaso de cerâmica, característico da cidade.

O local não tem nenhuma lixeira, por isso os voluntários pedem que a Prefeitura Municipal providencie a mesma, evitando que voltem a jogar lixo no Chafariz. A reportagem da Folha esteve no local na terça-feira (29) e já encontrou jogados no chão uma garrafa de cerveja e de refrigerante.

Além de manter a limpeza do Chafariz, o objetivo dos voluntários é que mais pessoas participem destas ações e da próxima, com a ideia de ser Amigos e Amigas do Parque do Mate.

História
O Chafariz, também chamado de Fonte da Saudade, era a principal fonte de abastecimento de água potável do município e foi inaugurado por D. Pedro II – alguns livros mostram a data de 1880, diferente da que está escrita no Chafariz. O mesmo foi reconstruído em 1965 pelo povo de Campo Largo, quando foi colocado azulejo da Incepa.