25/06/2013
Produtos para alisamentos têm excesso de formol, diz Vigilância
25/06/2013
Fonte:G1.com
Foto:Internet
Oito produtos utilizados para alisamento capilar nas principais redes de salão de beleza de Curitiba apresentaram índices de formol maiores do que o permitido pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), de acordo com levantamento realizado por técnicos da Vigilância Sanitária Municipal e divulgado nesta segunda-feira (24). A concentração do formol em alguns produtos chegou a ser até 48 vezes maior do que o permitido.
Das 11 amostras coletadas, além das oito que apresentavam quantidades superiores ao que é permitido pela Anvisa, que é de 0,2%, três estavam com a rotulagem em desconformidade com as normas estabelecidas.
A Prefeitura de Curitiba informou que a coleta das amostras foi feita em dezembro de 2012 e o resultado ficou pronto na sexta-feira (21). O diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Armando Herthal, explicou que não existem níveis seguros para a exposição ao formol e, por isso, é fundamental que usuários e trabalhadores estejam atentos para não utilizar esses produtos que, em alguns casos, podem causar doenças graves.
Irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, queda de cabelo, ardência e lacrimejamento dos olhos, falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz estão entre os principais malefícios causados pela utilização inadequada do formol. Já o uso contínuo dos produtos pode também causar boca amarga, dores de barrigas, enjoos, vômitos, desmaios, feridas na boca, narina e olhos, e câncer nas vias aéreas superiores: nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios – podendo levar à morte.
Os proprietários de salões de beleza de Curitiba foram comunicados nesta segunda-feira pela Vigilância Sanitária Municipal, que vai fazer o recolhimento dos produtos que ainda estão no mercado a partir de terça-feira (25).
Confira a lista dos produtos reprovados:
-Tratamento Capilar Marroquino Cítrico (Biotype Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.)
-Máscara Reconstrutora Catiônica Lindorel (Le Pieri Cosméticas Ltda.)
-Lisse Tratamento Capilar Europeu Etapa 2 (Peniel)
-Nectariumanti-volume 2 (Alzira MannrichKindlein ME)
-Kera-X Restauração Instantânea – Agi Max (RH Cosméticos)
-Tratamento de Queratina Boost K Hair (MilevaGroupe)
-Tratamento Capilar Marroquino Inoar (Biotype Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.)
-Recondicionador Térmico Express London (Mary Hill Perfumes Ltda.)
-Gel Redutor Suaviza Cachos e Volumes (Eiffel Cosméticos)
-Condicionador Tratamento Progressivo Elegance/Sofistik In Hair (Alquiminas Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.)
-Selante Máscara Reconstrutora/Eiffel Cosméticos (Farmoderm Cosméticos Ltda.)
A RH Cosméticos informou, por meio de nota, que todos os produtos atendem as normas e exigências previstas pela Anvissa e que a substância anunciada no rótulo atende à função de conservante no limite máximo de 0,2%, conforme o permitido. A empresa afirmou que “os produtos são dermatologicamente testados e que não causam irritação cutânea primária e acumulada, não induzem processo de sensibilização cutânea e, também, não induzem processo de fotoalergia nem fototoxidade”.
Já a empresa Inoar relatou, também por meio de nota, que foi notificada apenas as 17h21 desta segunda-feira, que os produtos prezam pela qualidade e que o lote do produto vai ser enviado para análise, pois “todos os produtos da empresa são elaborados de acordo com as norma da Anvisa”.
Em nota, a empresa Le Pieri Cosméticos Ltda comunicou que não faz uso do formol em nenhum dos produtos. “Ressaltamos que a Máscara Catiônica Lindorel, bem como seus demais itens não contém tal componente em sua formulação”.
A empresa Mary Hill Perfumes Ltda foi procurada, mas, até a publicação dessa matéria, não havia retornado.
O G1 não conseguiu contatos com as demais empresas – Peniel, Alzira MannrichKindlein ME, MilevaGroup, Eiffel Cosméticos, Alquiminas Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda., e Farmoderm Cosméticos Ltda.