14/06/2013
Falta de medicamentos nos postos de saúde preocupa pacientes
14/06/2013
Há duas semanas que os pacientes que necessitam de alguns medicamentos de uso contínuo estão batendo a cara na porta da farmácia dos postos de Saúde da cidade. Um dos exemplos é o posto Central, onde medicamentos como Propalol, Depakene, Clonazepan, Imipramina, Biperideno e Haldol, dentre outros, estão em falta. “A gente precisa e não tem para onde correr”, disse a esposa de um leitor da Folha, que necessita desses remédios.
Segundo ela, há duas semanas que vai, todos os dias, ao posto, e a resposta é sempre a mesma: “passe amanhã”. Os pacientes precisam dos remédios para controlar as crises. O Depakene, por exemplo, ácido valproico, é um anticonvulsivante com efeito antimaníaco. Serve para controlar as crises epiléticas e é indicado para prevenir e tratar as fases maníacas do transtorno afetivo bipolar. Quem não encontra o remédio no posto de Saúde, e não tem recursos para comprar nas farmácias, fica sem o remédio.
A Reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal, sendo informada, através da Assessoria de Imprensa, de que, com exceção do Propalol, que é fornecido pelo Governo do Estado, todos os demais medicamentos estão à disposição nos postos, inclusive no Central. A informação é para que os pacientes, se preferirem, ligarem antes para o posto, o telefone do posto Central é 3392-1383, para se certificar de que o remédio que ele precisa não está em falta.
A Assessoria da Prefeitura informou, ainda, que pode haver conflito de especificação, como a potência do medicamento, em miligramas, diferente do padrão usado pelo Município. A Reportagem voltou a falar com a esposa do paciente, e ela adiantou que ele tem receita e sempre pegou o medicamento no posto Central, e que passou na tarde desta Quarta-feira (12), e não encontrou o remédio. Depois de informada pela Reportagem sobre a resposta da Prefeitura, ela ligou para o posto central e a resposta foi a mesma, “os medicamentos estão em falta”. Ela acredita que a explicação dada pela Prefeitura, ao Jornal, não é a mesma dada aos pacientes.