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Câmara vai investigar suspeita de fraude em licitação

17/05/2013

A Prefeitura Municipal de Campo Largo, na época do prefeito Edson Basso, contratou uma empresa especializada em software para construir uma plataforma de trabalho capaz de gerenciar toda a administração mun

Câmara vai investigar suspeita de fraude em licitação

17/05/2013

A Prefeitura Municipal de Campo Largo, na época do prefeito Edson Basso, contratou uma empresa especializada em software para construir uma plataforma de trabalho capaz de gerenciar toda a administração municipal, inclusive controlar o fluxo de recursos, arrecadação de impostos e pagamentos. Venceu a licitação uma empresa que cobrou cerca de R$ 200 mil para a implantação e mais algo em torno de R$ 26 mil por mês, para operação e manutenção.

Ao assumir o Executivo Municipal, em Janeiro último, o atual prefeito Affonso Guimarães determinou a elaboração de estudos para substituir a empresa, e lançou uma nova licitação, cujas propostas deveriam ser abertas na sexta-feira (10). Mas, ao que parece, havia uma falha estrutural no processo que poderia direcionar o resultado da licitação para uma empresa, coincidentemente a mesma que já havia prestado serviços para Campo Largo na época da última administração do atual prefeito. Na hora da abertura das propostas, a surpresa, a empresa contratada na época de Edson Basso, e que presta o seviço atualmente ao Município, pediu informações sobre o projeto da licitação, publicado no site da Prefeitura Municipal, um mês antes, porque sabia, e tinha em seu poder, as cópias dos documentos oficiais com a marca da empresa concorrente. A licitação foi suspensa, e até agora a Ata da reunião ainda não foi divulgada.

O assunto chegou ao conhecimento de alguns vereadores, causando um alvoroço na Câmara Municipal. Os vereadores já estão juntando os documentos, inclusive as cópias da página oficial da Prefeitura Municipal, com autenticação em cartório, mostrando que o projeto de licitação foi elaborado por uma empresa, para a qual eles suspeitam que a licitação havia sido direcionada.

Os vereadores temem que, enquanto a empresa que atualmente presta o serviço ao Município cobrou R$ 200 mil para implantar o projeto e mais R$ 26 mil mensais para execução e manuenção, a nova empresa cobraria R$ 400 mil para reimplantar o serviço e cerca de R$ 46 mil/mês para a execução e manutenção.  

O assunto deverá ser levantado na sessão ordinária da Câmara Municipal, na próxima Segunda-feira, e pode culminar com instalação de uma Comissão de Investigação, e um processo de cassação do mandato do atual prefeito. Os documentos também serão encaminhados ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Paraná.