03/05/2013

Na segunda-feira, 29, Kelli Veríssimo voltou ao Instituto de Educação Profissional (IEP), porém agora como professora. No ano passado, Kelli foi aluna de um curso profissionalizante gratuito para cabeleireiras. “Me formei na turma de 2012 e ganhei certificado de cabeleireira profissional. Hoje sou representante de uma empresa de cosméticos e voltei para dar uma aula e ensinar como fazer dois tipos de tratamento”, conta. Os cursos gratuitos são oferecidos desde o início de 2012 pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), iniciativa coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

“Eu achava que não levava jeito. Mas o curso que fiz mudou minha vida”, conta Kelli, que está empregada e já sonha em abrir o próprio salão de beleza. Nessa segunda-feira, Kelli ensinou dois tratamentos: escova progressiva e botox. Mais de 30 alunas, provenientes de vários CRAS do município, assistiram à oficina, que integra o curso para cabeleireiras. Os CRAS também oferecem curso para manicure e, nos dois cursos, as aulas acontecem no IEP.

As alunas não só participam de diversas oficinas com especialistas, como também ganham um kit com secador, máquina de corte, prancha, pentes e outros utensílios. “O objetivo é que elas aprendam e já possam começar a ganhar dinheiro trabalhando em casa ou nos salões. Dessa forma, cresce a perspectiva de vida de cada uma”, explica a coordenadora dos cursos de estética do IEP, Adriana Riveiro Santana, que também é professora no projeto.

Oportunidade

Para a aluna Larissa Carolina dos Santos, de 26 anos, o curso é uma saída para quem precisa trabalhar em casa. “Eu tenho dois filhos pequenos e um deles é diabético, então preciso ficar em casa o dia todo. Por causa disso, eu não imaginava que conseguiria ter uma renda. Mas agora eu estou vendo que posso”, afirma. Além disso, estar nas aulas também mudou a auto-estima de Larissa. “Eu era muito depressiva, mas vir aqui, fazer amizades e poder olhar para o futuro com perspectiva foi maravilhoso”, conta.
A manicure Carolina de Pina Aragão, de 30 anos, viu nas oficinas uma nova oportunidade. “Sempre quis ser cabeleireira. E o curso é ótimo, mesmo para quem nunca tinha mexido com isso. A gente aprende mesmo”, afirma.