26/04/2013
Campo Largo não tem recursos para investir em novas obras
26/04/2013
Dos cerca de R$ 184,5 milhões do Orçamento de 2013, a Prefeitura Municipal trabalha com previsão de apenas R$ 164 milhões. Nos três primeiros meses do ano foram arrecadados perto de R$ 40 milhões, o que aponta para menos recursos do que o previsto pela equipe do ex-prefeito Edson Basso. Mas o Município já trabalha com a possibilidade de crescimento de 17% por ano, até 2017, quando a receita deverá girar em torno de R$ 243 milhões.
O secretário municipal de Finanças, Ivo Norberto, recebeu a Reportagem da Folha na última quarta-feira e detalhou as dificuldades enfrentadas nesses primeiros meses da nova Administração, que trabalha com o Orçamento deixado pela administração anterior. “Estamos elaborando o PPA (Plano Plurianual) e já a partir de 2014 deveremos ter um incremento na arrecadação, em virtude do aumento da parcela do ICMS”, explicou ele.
Recursos
O Orçamento de Campo Largo tem forte comprometimento com a Folha de Pagamento dos Servidores Públicos, que deve atingir 51% das Receitas Correntes Líquidas, com a consolidação dos reajustes previstos para os próximos dias, de 9% para os professores e 7% para os demais servidores. O limite do comprometimento da Folha é de 51,3%, a partir do qual o Município é obrigado a demitir.
Campo Largo possui, hoje, 2.966 funcionários, dos quais 101 (professores) têm regime de duplo padrão. Além do comprometimento do restante da receita com Saúde e as dívidas, segundo o secretário, resta muito pouco para investimentos. A esperança é o aumento da arrecadação, com a entrada do ICMS gerado pelas maiores empresas do Município, com destaque para as novas, Sig Combibloc, Caterpillar, FPT (Fiat), Metalsa, mas também as grandes antigas, Incepa, Procópio, Germer, Schmidt, Ouro Fino, Famiglia Zanlorensi. Ele lembra que essas empresas geram bastante impostos, aumentando o bolo do ICMS do Município. Por isso, a previsão de aumento do Orçamento em torno de 17% ao ano.
Crédito
Ivo adiantou que a Prefeitura está solicitando autorização da Câmara Municipal para efetuar empréstimo no valor de R$ 10 milhões, para poder investir em várias obras, inclusive de pavimentação, e aquisição de maquinários. Houve críticas, na Câmara Municipal, sobre o uso desses recursos, se seriam para aumentar salários de secretários e cargos comissionados. Ivo disse que “desses recursos nós vamos utilizar inicialmente apenas R$ 5 milhões, que virão através do Paranacidade, para obras de pavimentação e aquisição de máquinas e equipamentos. Nossa capacidade de endividamento é de aproximadamente R$ 200 milhões, e nós só temos comprometidos cerca de R$ 20 milhões, sendo R$ 10 milhões com o Fapem”, explicou.
O secretário explicou que essa dificuldade de início de administração deve se dissipar nos próximos seis meses. Ele acredita que, em 2014, já trabalhando com orçamento próprio, o prefeito Affonso Guimarãs terá mais condições de investimento em novas obras.