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Processos

26/04/2013

Mais de 30 mil processos tornam lenta a Justiça em Campo Largo

Processos

26/04/2013

A Vara Criminal de Campo Largo está sem juiz há mais de dois meses. Hoje estão trabalhando apenas uma juíza no Especial, um juiz na Vara de Família e um na Segunda Vara Cível. Eles têm que se revezar para atender as emergências na Vara Criminal, mas apenas os casos excepcionais, em geral com réu preso. Nos cartórios das varas Cível acumulam-se mais de 30 mil processos, que necessitam de um mutirão para dar conta do trabalho.

Com a criação da Segunda Vara Cível, o Tribunal de Justiça do Paraná designou um Juiz Substituto para auxiliar os trabalhos em Campo Largo, mas esse magistrado não consegue, sozinho, dar conta do alto volume de trabalho, e acaba atendendo praticamente só as emergências. Ele atende também Araucária. Por isso a Subseção OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Paraná, em Campo Largo, está pedindo ao Tribunal de Justiça, a aplicação do Regime de Exceção, com a designação de pelo menos dois juízes para a 1ª Vara Civel de Campo Largo.

“Mutirão”

O presidente da OAB Campo Largo, Osmar Zotto, entidade que representa quase 300 advogados no município, disse à Reportagem da Folha que “a situação é de urgência”. Segundo ele, os mais de 30 mil processos represados na Justiça, em Campo Largo, tornam o trabalho dos advogados muito difícil, e que “a Justiça, quando tarda, é falha”. Ele lembra que o caos começou em Dezembro de 2010, quando da estatização do Cartório da 1ª Vara Cível, quando os servidores concursados assumiram, sem conhecerem a  realidade da Comarca, alguns com absoluta falta de prática”.

Zotto disse que só na 1ª Vara Cível mais de quatro mil processos aguardam conclusão há mais de seis meses. “Fala-se que só em meados de 2013 um juiz deverá assumir  a 1ª Vara Civel, onde diversas audiências tiveram que ser redesignadas. Os advogados acumulam centenas de reclamações dos seus clientes devido a esta limitação forense”, explicou.

Todo esse caos, segundo Zotto, causa muitos problemas para os advogados, e até casos de desrespeito aos profissionais, porque eles não são recebidos a contento, pelos juízes, e ficam sem resposta para os seus clientes, ocasionando, muitas vezes, quebra de confiança.