26/04/2013

Eles já entregaram a produção a R$ 3,50, o quilo, no Ceasa, mas agora não conseguem mais do que R$ 1,00 pelo Tomate. Em Campo Largo, os tomateiros produzem mais de 150 toneladas/ano, mas às vezes têm prejuízo. No ano passado um dos grandes produtores da região de Retiro, Zigmundo Przibila, teve prejuízo com a safra e, esse ano, não plantou Tomate. Na regra geral, muitos produtores deixaram de plantar a fruta, esse ano, o que resultou na escassez do produto no mercado e, consequentemente, o preço alto.

O preço elevado do Tomate, entretanto, não trouxe muitas alegrias aos produtores de Campo Largo, até porque o período de preço alto foi pequeno, quando eles conseguiram entregar no Ceasa a R$ 65,00 a caixa de 20 quilos e, hoje, entregam o mesmo produto a R$ 20,00 a caixa. Para a maioria dos produtores, o preço alto beneficiou apenas alguns atravessadores que, percebendo a escassez sazonal do produto, levantaram os preços que, com o início da safra, voltaram ao normal.

Produção

Produzir Tomate não é fácil. O agricultor precisar conhecer muito, trabalhar todos os dias, e calibrar no fornecimento de água e defensivos agrícolas para as plantas, para não ter prejuízo. A família Skorei (Brasilio e os filhos Sergio Luiz, Darci e Antonio), são grandes produtores na região, com cerca de 36 toneladas/ano, mas tiveram que diversificar a produção para não depender do Tomate. Hoje eles produzem Milho, Soja, Feijão, Batata e Cebola, além do Tomate, para se prevenir das armadilhas do clima e do Mercado. Sergio explica que hoje entrega o tomate médio a R$ 1,00 o quilo e o melhor, R$ 1,20.

Em Campo Largo, nas casas de fruta, o Tomate já está com preços acomodados, variando de R$ 1,90 a R$ 2,50. O vilão da inflação, nesse final de mês, continua sendo a Cebola, geralmente importada, cujos preços continuam a subir.